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Edna Henrique defende maior investimento em forças policiais para melhorar o combate ao tráfico de pessoas

Foto: Dennys William

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias debateu esta semana na Câmara dos Deputados o tráfico de pessoas no Brasil. Já existe no país uma Lei específica que visa punir e combater a prática. No entanto, a coordenadora do Comitê Estadual de Enfrentamento ao Tráfico e Desaparecimento de Pessoas da Paraíba, Vanessa Lima, afirmou que, apesar de a legislação (Lei 13.344/16) existir, o combate à prática não é eficiente por falta de parceria entre os órgãos envolvidos. Para ela, há o desinteresse de algumas autoridades em conhecer a nova lei. A tucana eleita deputada federal pela Paraíba, Edna Henrique, rebate o argumento da coordenadora. A ex-prefeita alerta que o maior desafio a ser enfrentado para melhorar a aplicação da Lei é o investimento em efetivo e tecnologia.

“Não acho que seja negligência. Temos leis demais e elas não estão sendo colocadas em prática. É público e notório. E o que falta é apoio às polícias para combater esses crimes no país.”, disse Edna.

Durante o debate, o defensor público federal Leonardo Cardoso de Magalhães explicou que os casos de desaparecimento normalmente estão ligados a exploração sexual, trabalho escravo, adoção irregular ou transplante ilegal de órgãos. Ele informou que o Brasil tem atualmente 110 rotas de tráfico interno e 131 de tráfico internacional. A futura deputada destaca que para mudar esse quadro, é necessário maior investimento nas forças policiais do país.

“Antes de tudo é falta de equipamentos, efetivo e recurso tecnológico. Nossas polícias além de não estarem bem aparelhadas, tem um efetivo pequeno. Isso precisa mudar!”, defendeu a tucana.

De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, de 2007 a 2016, 693 mil pessoas desapareceram no Brasil. Esses números dão uma média de oito desaparecidos por hora.

Reportagem Shirley Loiola com informações da Agência Câmara