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Izabel Lorenzetti defende a criação do Ministério das Mulheres

A coordenadora de formação e cidadania do PSDB-Mulher e presidente do secretariado de São Paulo, Izabel Lorenzetti, acredita que o presidente eleito Jair Bolsonaro ouvirá as reivindicações das brasileiras e reservará um ministério voltado para as políticas públicas para as mulheres.

Apesar de ter prometido durante a campanha sustentar no máximo 15 pastas, Bolsonaro deu indícios de que pode iniciar o governo com mais de 20 ministérios. Em entrevista coletiva, nesta quarta-feira (28), o presidente antecipou o novo número ao ser questionado se haverá um ministério das mulheres. “Existe um pedido da bancada feminina, elas estão aqui. Vocês (mulheres) querem o vigésimo segundo ministério”, disse.

“Eu acho que existe a possibilidade dele valorizar sim a criação de uma pasta exclusiva para as mulheres. Ele já voltou atrás em outros momentos quando resolveu separar a agricultura do meio ambiente. Ele está atento e ouvindo os apelos do povo”, acredita.

Para a tucana, a existência de um ministério exclusivo para os assuntos relacionados às mulheres fortalece a luta feminista que há décadas busca a igualdade de gênero e o aumento da representatividade feminina nos espaços de poder.

“É o fortalecimento da voz da mulher. Apesar de sempre lutarmos para que as políticas para as mulheres perpassem todas as áreas, quando a gente tem um ministério próprio a luta está fortalecida por conta da representatividade. A voz se torna mais forte”, opinou.

Ainda na quarta-feira (28), as parlamentares eleitas na última eleição se reuniram no Fórum de Mulheres de Instâncias de Partidos, na Câmara dos Deputados, e articularam um documento em que as 77 componentes da nova bancada feminina pediam a manutenção da Secretaria Nacional das Mulheres ou a criação do Ministério.

Bolsonaro ainda estuda o desenho dos ministérios e deve manter conversas para formalizar as indicações até a próxima semana. Ainda falta definir o comando do Meio Ambiente, Minas e Energia e Direitos Humanos. Também é estudada a possibilidade de manter ou não o Trabalho com status de ministério.

Reportagem Tainã Gomes de Matos