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Tereza Nelma teme que onda conservadora no país prejudique direitos sociais

Foto: Divulgação

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou na segunda-feira (5) que o Brasil e outros países têm passado por mudança “perigosamente conservadora” nos costumes e que a sociedade não deve recuar de direitos sociais já conquistados. A vereadora por Maceió, Tereza Nelma (PSDB), concorda com a ministra e pede que a sociedade e seus representantes estejam atentos às mudanças que estão sendo propostas para que direitos da população não sejam suprimidos.

“Já estou atenta a toda esta discussão. Não podemos perder os direitos sociais já conquistados no Brasil, principalmente, do povo pobre que é a grande maioria e não a minoria. Nós precisamos continuar atentos, trabalhando, discutindo e agora nós precisamos ver com outros olhos essas mudanças que estão por vir.”, alertou.

A declaração da ministra Carmém Lúcia foi dada durante evento em Brasília sobre os 30 anos da Constituição Federal. A tucana Tereza Nelma citou exemplos de direitos que, em sua opinião, já estão ameaçados.

“É a reforma da previdência, a reforma trabalhista que veio, mas não ajudou em nada o trabalhador. É um decreto que o presidente colocou na semana passada tirando a possibilidade de um deficiente de fazer uma prova adaptada num concurso. Ele vai competir de igual pra igual. Isso não é justo! Não é certo. Isso retira os direitos sociais.”, apontou.

Tereza Nelma também manifesta preocupação com as posições de extrema direita do presidente eleito e seus apoiadores.

“Nos preocupa bastante esta extrema direita. Estamos vendo declarações até de mulheres que se elegeram para deputada federal com posições muito radicais. Fico muito preocupada onde iremos encontrar um denominador comum. Temos de respeitar o presidente eleito, mas esperamos que ele não desmonte toda uma estrutura já existente no país, todas as conquistas.”, espera a tucana.

A vereadora também criticou o corte no orçamento que atingirá o programa Bolsa Família.

“Igual a questão do corte do orçamento. Não vai dá para pagar o Bolsa Família e nem o LOAS. São mais de 3 milhões de pessoas. Como é que vão ficar estas pessoas? Isso nos preocupa bastante. Conquistas básicas das necessidades humanas… essa discussão do liberalismo do estado mínimo não poderia ocorrer no nosso país.”, opinou.

Reportagem: Shirley Loiola