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Acesso a tratamentos de HIV vai além de serviços de saúde, defende ativista

Aconteceu na última semana, em São Paulo, encontro latino-americano de mulheres com HIV. A primeira reunião em mais de 10 anos do Movimento Latino-americano e do Caribe de Mulheres Positivas (MLCM+). Na ocasião, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), argumentou que políticas de direitos sexuais são mecanismos essenciais para lidar com a propagação da doença.

Para uma das participantes do evento, a militante boliviana Violeta Ross, o bem-estar das mulheres não depende somente de serviços de saúde. “Sabemos que é possível controlar o HIV/Aids com medicamentos, mas o remédio não controla a violência e o machismo que vivenciamos todos os dias.”

Ela defende que a violência ou medo da violência impedem mulheres e adolescentes a ter acesso a ações de prevenção, testagem, tratamento e sexo seguro. “Muitas sofrem violência quando revelam o diagnóstico positivo e a consequência é depressão e ansiedade. Por isso, trabalhamos pelo empoderamento da mulher.”

Nair Brito, Jenice Pizão e Jacqueline Rocha lideranças brasileiras que trabalharam e contribuíram pelos direitos das mulheres com HIV, receberam homenagens na abertura do evento. “Não é possível caminhar sozinha nesta terra. A nossa resposta é coletiva e cada um sempre tem algo a contribuir. Eu sou produto de outras mulheres. Lutamos por equidade”, declarou Nair, uma das criadoras do Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas do Brasil.

*Com informações do site ONU BR