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Para Luzia Coppi, mulheres se interessarão cada vez mais por política

Pesquisa Mapa Político da Hello Research, divulgada entre os meses de setembro e outubro, revelou que o percentual de mulheres que demonstram muito interesse por política em 2018, com foco no primeiro turno das eleições deste ano, foi de 20%, diante dos 30% dos homens.

Em comparação com 2014, o porcentual do eleitorado feminino muito interessado era bem menor: somente 9%. De lá para cá, houve um aumento de 55% no interesse das mulheres em relação à política.

Esse cenário reflete de certa forma o que aconteceu dentro do próprio PSDB, onde número de tucanas eleitas para o Congresso Nacional e Assembleias Legislativas cresceu 41% em relação ao pleito anterior. Na Câmara dos Deputados, por exemplo, o partido só terá representantes femininas em cinco estados: Santa Catarina, Roraima, Alagoas, Acre e Rondônia.

A coordenadora do PSDB-Mulher da Região Sul, Luzia Coppi (SC), atribui esse resultado ao o aumento do interesse feminino pela política.“A mulher não estava sendo fomentada a participar da política. Eu achei que nesta eleição ela foi mais chamada e incentivada a participar. Os casos de assédio sexual e de violência divulgados pela mídia também contribuíram para que as brasileiras ficassem mais atentas ao debate sobre segurança pública ”, disse a tucana.

Outro fator citado por Luzia Coppi como primordial para o aumento da participação feminina foi o fortalecimento da Lei Maria da Penha e outros dispositivos legais de proteção à mulher. “A mulher está mais segura, está se sentindo mais independente e mais a vontade para opinar nas questões políticas”, acrescentou.

Para a tucana, o aumento da participação feminina é uma tendência que veio para ficar. Ela menciona as alterações na legislação eleitoral como, por exemplo, a destinação dos 30% do Fundo Eleitoral destinado às campanhas femininas como incentivo para aumento de mulheres na política.

“Com os novos recursos e apoio dos partidos tenho certeza que em pouco temos alcançaremos a igualdade de gênero. No entanto, é preciso que as mulheres fiquem sempre vigilantes e reivindicando seus espaços”, concluiu.  

Reportagem Tainã Gomes de Matos