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‘Mulher precisa se sentir protegida para denunciar”, defende Luzia Coppi

O Ministério Público do Acre (MPAC), entregou a Justiça a primeira denúncia do estado sobre caso confirmado de violência psicológica. Trata-se uma mulher que sofreu a agressão durante quase 20 anos.

Uma das barreiras contra o enfrentamento a violência doméstica de qualquer gênero é a dificuldade da vítima em denunciar. Para Luzia Coppi, Coordenadora do PSDB-Mulher da Região Sul, houve um avanço nesse sentido, mas ela alerta sobre a necessidade de fortalecimento de mecanismos protetivos para as vítimas.

“Eu considero que nós já estivemos em um patamar bem pior que esse, a mulher de hoje já está muito mais corajosa. Precisamos fortalecer a proteção das vítimas. Acho que a mulher tem que se sentir mais protegida pela justiça, protegida pela família, para que ela possa denunciar, mas já estamos denunciando mais do que era antes”, observou.

No Acre, o número de mulheres agredidas pelo companheiro caiu neste ano, já os registros de estupro aumentaram de 13 para 28. A ameaça é o crime mais registrado, seguido de lesão corporal. Quase 100% das vítimas pedem medida protetiva.

Para Luzia, a legislação protege, mas é preciso dar amparo a vítima quando ela denunciar. “Eu acho que a legislação já está dentro da linha mediana. É preciso preparar as delegacias de proteção a mulher, os policiais para abordar a mulher e o próprio marido. Muitas vezes a mulher suporta tudo isso com medo dos filhos passarem necessidade, pelo marido ser o provedor, então ela fica preocupada com isso ”, acrescentou.

Reportagem Karine Santos, estagiária sob supervisão