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Para Noemi Baruzzi, sobram motivos para a alta rejeição feminina a Bolsonaro

A rejeição feminina ao candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro, é grande. Quase metade das eleitoras declararam em pesquisa que não irão votar no candidato do PSL. No último dia 30, foi criado no Facebook um grupo fechado, com o nome “Mulheres Unidas Contra Bolsonaro”, que a cada minuto, recebe 10 mil novas solicitações. Só entre os dias 9 e 10 de setembro o grupo ganhou 600 mil novas participantes e já chega a quase 1 milhão de usuárias no momento.

A candidata à deputada distrital pelo PSDB no DF, Noemi Baruzzi, destaca que o machismo pregado por Bolsonaro o faz ser rejeitado pelas mulheres.  “A gente tá cansada de machismo, a mulher está lutando muito pra ter seu espaço, aí um candidato à presidência chega e fala que a mulher não tem condições de ganhar o mesmo salário que o homem. Tem machismo maior que esse?”, diz a candidata com indignação.

Um trecho da descrição de apresentação do grupo diz. “Grupo destinado à união das mulheres de todo o Brasil (e as que moram fora do Brasil) contra o avanço e fortalecimento do machismo, misoginia e outros tipos de preconceitos representados pelo candidato Jair Bolsonaro e seus eleitores”.

Uma das moderadoras do grupo afirmou que a motivação pra criação do grupo é ideológica e que não recebem nada para estar ali. Há os mais variados depoimentos possíveis, tanto de mulheres que se declaram de direita, quanto de esquerda. Uma delas disse. “Sou esposa de um coronel do Exército e esse Bolsonaro não nos representa. Ele não tolera as minorias e somos pais de um filho autista. Ele trata deficientes, mulheres, negros, homossexuais com deboche e desprezo”.

Noemi lembrou da luta feminina por direitos iguais e destacou a representatividade do candidato à presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin.

“A gente vai ver o resultado na urna. A gente só ganha política e futebol quando termina. Temos que fazer o nosso dever de casa que é o que Alckmin fez e faz muito bem. Tudo que o Alckmin já representou e representa até hoje. Quatro vezes governador da maior capital do país, a gente não tem o que contestar. O Bolsonaro não tem chance, pode ter certeza.”

Discursos de ódio e exposição das mulheres são proibidas no grupo. Foi criado um novo grupo por apoiadores de Bolsonaro para confundir as participantes, chamado Mulheres Unidas Contra Bolsonaro (reserva).

Reportagem Karine Santos – estagiária sob supervisão