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Banco do Brasil cria fundo de investimento para empresas que lutam pela igualdade de gênero

O Banco do Brasil lançou nesta terça-feira (12), um fundo de investimentos que será aplicado em empresas que se preocupam com políticas de igualdade de gênero. Inicialmente, 18 empresas brasileiras que fazem parte de um pacto global da ONU pela equidade de gênero nas companhias e cinco empresas estrangeiras formarão o fundo.

“Fomos aos relatórios de sustentabilidade das empresas e buscamos informações sobre o percentual de mulheres em cargos de gerência, diretivo e no conselho de administração. Usamos essas informações para ranquear as empresas”, esclarece Vinícius Vieira, gerente da área de fundo de ações ativos da BB DTVM, responsável pela distribuição do produto.

Ações de empresas nacionais, como Natura, Ambev e Lojas Renner e internacionais, como Microsoft e Pepsico estão no portfólio.

O fundo, nomeado BB Ações Equidade, receberá no varejo captações a partir de R$ 200, com taxa de administração de 1,50% (podendo chegar a 2%). Clientes private, terão aplicação inicial de R$ 25 mil e a subsequente, de R$ 1.000. A taxa de administração inicial é de 1%, com máximo de 1,5%. As informações são do Jornal Folha de São Paulo.

A meta do fundo é atingir R$ 200 milhões em três anos, de acordo com Paulo Caffarelli, presidente-executivo do BB. “Não basta a empresa ser aderente ao princípio da ONU, é preciso que o seu papel também apresente performance. É uma junção de rentabilidade e sustentabilidade, de desempenho da empresa com suas políticas de diversidade e igualdade”.

O pacto da ONU foi lançado em 2010. Desde então 1.952 empresas, dentre elas, 173 brasileiras, aderiram aos objetivos. A quantidade de mulheres em cargos de comando no banco do Brasil passou de 12% para 16%, o objetivo é chegar aos 22%.

“Tivemos uma dificuldade grande no passado que foi o represamento dessas mulheres em nível de gerência de pequenas agências. Observamos que elas paravam aí na carreira. O banco tinha uma cultura muito conservadora nesse sentido. Estamos trabalhando para promover a migração mais rápida a cargos de comando, mas isso também não acontece de um dia para o outro. A ideia é chegar a esse patamar que consideramos padrão, de 22%, mas não parar por aí “, disse Paulo.

*Com informações do Jornal Folha de São Paulo