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Tucana condena tratamento dispensado por Bolsonaro às mulheres

A vereadora de Goiânia e candidata à deputada estadual, Cristina Lopes, criticou a postura do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), diante das mulheres e da pauta feminina. As cenas de embates entre Bolsonaro e diferentes mulheres exibidos em vídeo no horário eleitoral deixaram isso bem claro.

“Bolsonaro tem uma postura péssima, retrógada, atrasada, que mostra claramente que mulher não é prioridade no governo dele, nem secundário, nem terciário. É uma comprovação de que ele acredita que o homem deve ganhar mais, de que ele acha que ter uma filha mulher é fraquejar”, observou a tucana.

Ao contrário de Bolsonaro, o candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin defende a importância da valorização das mulheres no mercado de trabalho, bem diferente de Bolsonaro, que acha natural a desigualdade de salário entre homens e mulheres.

Geraldo Alckmin e Bolsonaro também divergem na forma de encarar os problemas do país. “O país não vai mudar no berro, não vai mudar com violência. Ele vai mudar com reformas, com diálogo, com confiança para ter investimento no país. O Bolsonaro tem uma candidatura inviável, porque, no segundo turno, ele não ganha de ninguém. Isso é um fato”, tem reiterado o tucano.

Por isso, Bolsonaro ficou tão incomodado com vídeo exibido pela Coligação Muda Brasil que questiona a tese do candidato do PSL que prega o armamento da população como saída para a violência no país. Ele chegou a pedir, sem sucesso, a retirada do ar do vídeo “Não é na bala que resolve”.

Cristina Lopes concorda totalmente com a campanha tucana: “Não é com bala que se resolve, com bala todo mundo vai acabar morto.” Para a vereadora o poder de barrar um candidato tão preconceituoso está nas mãos femininas. “As mulheres têm o poder de vetar Bolsonaro com certeza, nós somamos 52% da população, numericamente podemos fazer isso.”

Segundo o Datafolha, de junho para cá, subiu de 34% para 43% o número de mulheres que dizem que não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum.

Reportagem Karine Santos – Estagiária sob supervisão