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Cybelle Tristão é a favor da criação de cotas femininas no MP

A presidente do PSDB-Mulher de Goiás e vereadora em Aparecida de Goiânia, delegada Cybelle Tristão, declarou ser contra o manifesto que impede que o sistema de cotas femininas seja implantado no Ministério Público. O documento foi lançado nesta terça-feira (21) e conta com a adesão de mais de 100 promotoras, procuradoras de Justiça e procuradoras da República em todo o país.

“Nós, mulheres, manifestamos o nosso profundo constrangimento ante a possibilidade de que venham a ser criadas cotas que garantam qualquer privilégio para nós dentro do Ministério Público (…) A simples cogitação de que seja necessária a criação dessas cotas discriminatórias já representa para nós uma vergonha indisfarçável, como se não tivéssemos as mesmas condições mentais dos demais colegas para alcançar cargos de poder do nosso interesse”, diz o documento.

Para a tucana, o sistema de cotas é necessário para corrigir uma lacuna histórica de machismo e desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho.

“Eu concordo com a cota porque a participação da mulher em todas as áreas ainda é muito pequena, principalmente nas funções de chefia e de comando. Tendo as cotas, obrigatoriamente esse quadro muda e isso não significa dizer que a mulher tem uma capacidade inferior ao homem não”, disse.

Cybelle mencionou ainda a experiência pessoal como sendo delegada de polícia. Na minha instituição, na Polícia Civil e na Polícia Militar, que eu lido diretamente, as funções de comando quase nunca são ocupadas por mulheres. As cotas não diminuem as mulheres e sim as enaltece”, completou.

As mulheres que são contra o sistema de cotas nos MP’s requerem ao Conselho Nacional do Ministério Público “não aprove esse tipo de cota, eminentemente discriminatória e com potencial criador de rótulos, que ao contrário de nos beneficiar, só representará um grave retrocesso na nossa história profissional, que sempre foi e deverá ser pautada pelo mérito”.