O tráfico de pessoas é um dos principais crimes que atentam contra a vida e atinge principalmente a mulheres e meninas, como mostra um recente relatório divulgado pela ONU. De acordo com o relatório, hoje em dia, mais de 70% das vítimas são do sexo feminino e um terço são ainda crianças.
A Coordenadora de Relações Internacionais do PSDB-Mulher, Sebastiana Azevedo (RJ), ressaltou que o cenário pode ser fruto de uma educação ainda muito machista que coloca a mulher como um ser frágil e que pode ser facilmente atingido.
“Tem a ver com a própria educação que ainda não evoluiu, a mulher ainda é vista como suscetível a essa violência. É a visão da sociedade como um todo, para todos os tipos de violência. É muito triste”, lamentou a tucana.
O tema ganhou destaque nos debates da ONU durante o Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas, no último dia 30 de julho, para alertar todas as nações sobre a existência e a gravidade deste crime. Segundo o relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em todo o mundo, mais de 21 milhões de pessoas são vítimas de trabalho forçado.
Sebastiana pontuou ainda os altos índices de violência vistos no Brasil no que diz respeito a mulher a criança. “São os que mais sofrem, aqui no Brasil os casos são inúmeros, a violência é altíssima. E muitas gerações ainda podem sofrer com este crime, precisamos de medidas que combatam isso”, frisou.
O parecer do relatório indicou que a sociedade e as organizações civis têm desempenhado um papel importante no papel de salvar vidas e proteger as pessoas do tráfico com grandes operações de busca e resgate. O texto afirma ainda que a inclusão é a melhor saída para salvar as pessoas. O Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas é liderado pelo Escritório da ONU sobre Drogas e Crime (Unodc).
Com informações da Istoé.