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Justiça condena clínica de estética por escurecer rosto de cliente

Brasília (DF) – Os riscos do uso de procedimentos estéticos para tentar atingir um ideal de beleza inexistente continuam ameaçando a saúde no país. Desta vez, uma clínica de estética terá que indenizar uma cliente em R$ 7,5 mil por problemas ocasionados após procedimento realizado em 2016. Em votação unânime, a 14.ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o espaço por fazer um peeling para clareamento de manchas na cliente, que acabou sofrendo um escurecimento integral da face.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo desta terça-feira (24), a mulher ‘não recebeu orientação e acompanhamento adequados’. Segundo o processo, apesar de a cliente ter sido instruída a evitar o sol, a dermatologista da Espaço Bella Forma Estética, em São Paulo, não indicou o protetor solar que deveria ser utilizado, sequer o fator de proteção, o que fez com que a mulher usasse um produto que não era o mais adequado.

Para o desembargador Carlos Abrão, relator da apelação, ‘houve falha na prestação de serviço a ensejar devida reparação’. No voto, o magistrado afirmou que o acompanhamento da cliente aconteceu à distância, ‘por WhatsApp, por simples atendente a recomendar cremes, antialérgicos e analgésicos’.

Na semana passada, o médico Dênis Furtado, conhecido como ‘Dr. Bumbum’, e a mãe, a médica Maria de Fátima, foram presos acusados da morte de Lilian Calixto, que se submeteu a um procedimento estético com um polímero contraindicado, o PMMA.

*Com informações do Estadão