Notícias

Ministro britânico renuncia ao cargo por assédio sexual

Após o vazamento de mensagens de cunho sexual a duas garçonetes, o ministro do Reino Unido Andrew Griffiths, membro do Partido Conservador, renunciou ao cargo no último domingo (15). As mulheres revelaram o recebimento de cerca de 2 mil mensagens, no intervalo de três semanas, o que caracteriza perseguição sexual por parte do político de 47 anos.

Em comunicado sobre sua renúncia do governo britânico, Griffiths afirmou que seu comportamento “causou um sofrimento incalculável” a sua família. Outros dois casos recentes envolvendo o ex-vice-premiê e o ex-ministro da Defesa do Reino Unido, são exemplos que colocam o governo da Inglaterra em alerta acerca de um histórico de escândalos sexuais.

A garçonete Imogen Treharne, de 28 anos, contou ao jornal Sunday Mirror que no começo das conversas parecia algo casual. Contudo, ela disse que tentava desvencilhar o conteúdo das mensagens a outros assuntos para conhecê-lo melhor, mas que “a conversa sempre voltava ao sexo”. As mensagens, cujo conteúdo foi revelado pelo Sunday Mirror, foram consideradas “repugnantes” por Treharne.

Remorso

Andrew Griffiths é casado e pai de uma filha que nasceu em abril. Ele era ironicamente um apoiador da entrada de mais mulheres no Partido Conservador e no parlamento britânico, por meio da campanha “Women 2 Win”.

Mostrando arrependimento, Griffits se desculpou com seus eleitores, com a primeira-ministra Theresa May e com todo o parlamento, em comunicado ao jornal britânico:

Estou profundamente envergonhado com o meu comportamento, que causou incalculável sofrimento à minha esposa e família, a quem devo tudo, e profunda vergonha à primeira-ministra ao governo pelo qual tenho tanto orgulho de servir.

Entreguei minha renúncia ao cargo ao fazer referência aos procedimentos do Código de Conduta do Partido Conservador.  Desejo pedir desculpas à minha associação de distrito e ao povo de Burton que tenho a honra de representar. Buscarei ajuda profissional para garantir que isso nunca aconteça novamente.

Com o tempo, espero ganhar o perdão de todos aqueles que confiam em mim e que desapontei tão terrivelmente. O primeiro-ministro e o governo continuarão a ter todo o meu apoio.

*Com informações do Estadão.