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Para tucana, punição e conscientização são as armas para o combate às “candidaturas laranjas”

A coordenadora de formação e cidadania do PSDB-Mulher do Piauí, Francisca Ramos, analisou um levantamento feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que revelou que nove em cada dez candidatos do estado que não receberam nenhum voto nas eleições de 2016 são mulheres. Entre os sem voto, as mulheres eram a maioria: 14.417, enquanto apenas 1.714 eram homens. Os números levaram o Ministério Público Eleitoral a apurar a veracidade das assinaturas e dos documentos apresentados nos processos de registro das candidaturas locais.

Para a tucana, os dados da pesquisa evidenciam a fraude no preenchimento da cota de gênero, as chamadas “candidaturas laranja”. Ela reconheceu que é comum as mulheres do estado “emprestarem” os nomes aos partidos e aos familiares achando que estão, de certa fora, ajudando.

“Muitas nem têm consciência do prejuízo que causam à democracia. É preciso ser feito um trabalho de conscientização e de formação com as mulheres para esclarecer que esta atitude é uma fraude e que os responsáveis por esses registros, além de outras penalidades, podem responder criminalmente”, disse.

A tucana destacou a importância do PSDB-Mulher para a formação das filiadas e mencionou o trabalho feito nos cursos de capacitação por todo o país. “O secretariado tem papel fundamental na hora de esclarecer as mulheres sobre a importância da legitimidade da candidatura. Falar sobre Direito Eleitoral de forma simples é crucial para que elas entendam a importância e o valor que o próprio nome tem para as questões eleitorais”, acrescentou.

Participação Masculina

Francisca Ramos ressaltou a importância da conscientização dos homens no processo de combate às candidaturas fictícias. Para ela, é importante reforçar junto ao público masculino as penalidades impostas pela legislação eleitoral e incentivar a parceria entre os gêneros.

“Os homens precisam entender que fraudar candidatura é crime e que colocar a irmã, a mãe ou a esposa para preencher a cota dos 30% não é algo natural. Muitos não veem erro nesta conduta. Precisamos também que eles respeitem a distribuição dos recursos ao qual as mulheres têm direito”, completou.

Fiscalização

A tucana mencionou também a importância da fiscalização nos casos das “candidaturas laranjas”. Além dos órgãos oficiais, Francisca acredita que as próprias siglas podem contribuir para este controle. “Essa fiscalização pode ser feita pelos próprios diretórios estaduais averiguando os indícios de alguma irregularidade. É necessário despertar a sociedade para a necessidade de uma eleição limpa”, concluiu.