A representante do PSDB-Mulher de Sergipe, Maria Elisabete Mesquita, classificou como inadequada e ofensiva a linguagem utilizada por um colunista russo de um dos maiores jornais do país que chamou as torcedoras russas de “putas”.
O texto é do jornalista Platon Besedin para o Moskovskiy Komsomolets e foi publicado no último dia 27. O título é “A hora das putas: as russas se envergonham e envergonham o país na Copa”.
“Isso é uma agressão. Já não basta as russas serem vítimas de assédio sexual por parte dos torcedores estrangeiros, como ficou claro nos vídeos que viralizaram, agora, sofrem com o machismo dos próprios russos”, lamentou.
Platon Besedin acusa as mulheres da Rússia a se “venderem” para os estrangeiros e de se insinuarem em troca de dinheiro ou casamento. “Muitas mulheres que correm atrás dos estrangeiros não têm vergonha, moral e valores. Nós criamos uma geração de putas prontas para abrir as pernas ao escutar algum sinal de idioma estrangeiro”, diz o artigo.
O autor ainda diz que a Copa do Mundo tem sido importante politicamente para quebrar estereótipos da Rússia, mas um deles tem sido reforçado. Justamente o das mulheres que se vendem. Elas seriam consideradas ovelhas negras que contaminam o rebanho.
Na opinião de Maria Elisabete, as mulheres podem agir e se comportar da maneira que bem entenderem. “O texto em questão mostra como o machismo ainda é enraizado nas culturas pelo mundo a fora. É um absurdo que em pleno século XXI ainda nos deparemos com um discurso ultrapassado e preconceituoso como este. Deixem as russas em paz. Deixem a gente em paz”, opinou.