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Sebastiana Azevedo lamenta que duas a cada três pessoas que registram ameaças no RJ sejam mulheres

A coordenadora de Relações Internacionais do PSDB-Mulher, Sebastiana Azevedo (RJ), lamentou os altos índices de violência contra a mulher no Rio de Janeiro. Um levantamento divulgado pelo jornal O Globo indica que as mulheres são as principais vítimas de ameaças contra a vida no estado. Entre janeiro de 2014 e dezembro de 2017, a cada três pessoas que registraram em delegacias ameaças contra sua vida, duas eram mulheres.

Entre as mais de 182 mil queixas registradas, em 20% dos casos o agressor denunciado era o próprio companheiro da vítima. Para Sebastiana, o estado ainda se mantém omisso e é essencial agir para mudar esse quadro.

“Precisamos de atitudes sérias em vários lugares, em casa, dentro da família, e principalmente em relação a posição do estado. As denúncias têm ajudado, as mulheres têm tido mais coragem, elas precisam disso, muitas vezes têm medo de encarar, mas uma hora chegam ao seu limite”, frisou.

Para a coordenadora de Relações Internacionais do PSDB-Mulher, desde 2013 os números da violência no Rio de Janeiro já eram alarmantes. “Há cinco anos eu vi que o índice já era alto e sugeri a Assembleia Legislativa do Rio que obrigasse as empresas a orientar sobre os canais de denúncia. Isso passou em branco, mas era necessário. O número só aumentou de lá para cá”, disse Sebastiana.

Medidas protetivas

As mulheres vítimas de relacionamentos considerados abusivos têm conseguido, cada vez, levar adiante as denúncias contra a violência, encorajadas a mudar a realidade de agressão física e psicológica que vivem. Números concedidos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostram que o Tribunal de Justiça do Rio concedeu cerca de 16.865 medidas protetivas a mulheres em 2016 e 25.358 em 2017.

A medida protetiva, contudo, muitas vezes não impede a agressão. Isso, a despeito da exigência de afastamento do agressor denunciado e dos locais de convívio com a vítima, bem como da determinação para que este mantenha uma distância mínima da denunciante. Se agressor e vítima tiverem filhos, as visitas podem ser suspensas ou restringidas.

*Com informações do Globo.