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Em lançamento de manifesto, Yeda Crusius ressalta a importância da união suprapartidária contra o radicalismo

Uma das poucas mulheres em meio a dezenas de parlamentares, a presidente do PSDB-Mulher, deputada federal Yeda Crusius (RS), participou do lançamento do “Manifesto por um polo democrático e reformista”, nesta terça-feira (5), no Salão Verde da Câmara.

“O chamamento deste manifesto é para o seu conteúdo, em primeiro lugar. Em segundo lugar para a participação aberta de toda a sociedade e em terceiro sobre a responsabilidade que temos, nós políticos, neste processo de mudança da social”, afirmou a deputada em seu discurso.

Idealizado pelo senador Cristovam Buarque (PPS-DF) e pelo secretário-geral do PSDB, Marcus Pestana (MG), o manifesto ganhou o apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e lideranças políticas de várias legendas, bom como de cientistas políticos e intelectuais. A ideia do movimento é criar um canal de diálogo com os pré-candidatos à Presidência dos partidos de centro, como forma de se contrapor a candidaturas consideradas extremistas, tanto de direita, quanto de esquerda.

Engajada no movimento, Yeda Crusius aproveitou para anunciar que no site do PSDB-Mulher já existe uma ferramenta para coletar assinaturas online para todos aqueles que quiserem aderir ao manifesto.

“O PSDB-Mulher já lançou hoje uma coleta de assinaturas e opiniões em relação a este manifesto para todas e todos que quiserem apoiar o manifesto. O PSDB-Mulher é feito de homens e de mulheres”, completou.

Yeda Crusius elogiou a iniciativa dos idealizadores e afirmou que se orgulha em ser uma das signatárias do movimento que pretende unificar o país em prol do equilíbrio nas próximas eleições.

“Gostaria de parabenizar o senador Cristovam e o deputado Marcus Pestana, que não ficaram parados, não ficaram quietos. Todos nós sabemos que a crise é extensa e profunda e o Congresso não pode deixar de se manifestar, a princípio através desse manifesto, suprapartidariamente”, afirmou.

E acrescentou: “O documento foi escrito pelas mãos de todos aqueles que acreditam que unindo forças é que nós poderemos estar entre um pêndulo de esquerda, que no que há de melhor busca uma sociedade igualitária, e o da direita, que no seu melhor defende liberdade. É necessária a construção de um centro responsável e já temos experiência para isso”.

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O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) lembrou que a ideia do manifesto surgiu ao ler uma matéria jornalística em que o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) manifestava preocupação com andamento do processo democrático e eleitoral do Brasil.

“Ele [Pestana] falava sobre a preocupação com aqueles que não estão no extremo populista e nem no extremo autoritário. Tomei a iniciativa de ligar para ele e depois de alguns encontros chegamos ao manifesto”, revelou.

O momento pelo qual o país passa por um processo de “desagregação em marcha do tecido social brasileiro, na avaliação de Cristovam, justifica o manifesto. “É um cenário terrível. Daqui a alguns meses teremos que escolher entre a catástrofe ou o desastre. Duas alternativas que não são positivas para construir o futuro do pais. Em função disso que estamos aqui lançando esse apelo, mais do que um manifesto, apelo aos candidatos que têm compromisso social, espírito democrático e responsabilidade econômica”, alertou.

O deputado Marcus Pestana anunciou a disposição de o grupo procurar os pré-candidatos Rodrigo Maia (DEM), Marina Silva (Rede), Álvaro Dias (Podemos), Geraldo Alckmin (PSDB), Flávio Rocha (PRB), Paulo Rabello de Castro (PSC) e João Amoêdo (Novo). O objetivo será costurar um acordo mínimo entre as forças de centro.

No manifesto são listados 17 compromissos assumidos pelos signatários. Entre eles, estão a “defesa intransigente da liberdade e da democracia”, a “luta contra todas as formas de corrupção”, “a busca incansável do equilíbrio fiscal”, a reforma do “sistema previdenciário injusto e insustentável” e “o combate a todas as formas de autoritarismo e populismo”.

FHC

Coube ao deputado Betinho Gomes (PSDB-PE) ler uma mensagem do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em apoio ao manifesto. “O Brasil precisa recuperar a confiança no seu futuro. Não chegaremos lá voltando ao passado do autoritarismo ou ao passado mais recente do lulopetismo. O país precisa da convergência das forças políticas que possam ter propósitos semelhantes”, salientou a mensagem do líder tucano.

Para FHC, o que está em jogo é”a recuperação da legitimidade democrática da autoridade pública ou a desorganização política, econômica e social do país”.

Confira quem já assinou o manifesto em Brasília:

– Os cientistas políticos Luiz Werneck Vianna, Sérgio Fausto, Rubem Barboza, Marco Aurélio Nogueira e Bolívar Lamounier;

– O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann;

– O ex-ministro da Educação e deputado federal Mendonça Filho (DEM-PE);

– O jurista e ex-ministro das Relações Exteriores Celso Lafer;

– O ex-governador de São Paulo e ex-ministro dos Transportes Alberto Goldman;

– As deputadas federais Yeda Crusius (PSDB-RS) e Cármen Zanotto (PPS-SC);

-Os deputados federais Heráclito Fortes (DEM-PI); Rubens Bueno (PPS-PR); Benito Gama (PTB-BA); José Carlos Aleluia (DEM-BA); Danilo Fortes (PSDB-CE); Rogério Marinho (PSDB-RN); Rogério Rosso (PSD-DF); Evandro Gussi (PV-SP); Marcos Montes (PSD-MG); Darcísio Perondi (MDB-RS); Eduardo Sciarra (PSD-PR); Vilmar Rocha (PSD-GO);

– O economista Sérgio Besserman;

– O engenheiro e humorista Marcelo Madureira;

– O tradutor e ensaísta Luis Sérgio Henriques;

-O historiador Alberto Aggio;

– O coordenador nacional do Movimento Alckmistas, Adriano Guimarães.

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