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“Desrespeito às mulheres”, reagiu Iraê Lucena sobre a resistência de partidos em aceitar decisão do TSE

A presidente do PSDB-Mulher da Paraíba, Iraê Lucena, espera uma posição pública do PSDB sobre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que assegura que 30% do Fundo Especial de Financiamento de Campanha devem ser gastos em candidaturas de mulheres.

“Nós [mulheres] teríamos que ter apoio dos partidos nesse momento tão importante. Li uma matéria recentemente informando que as três maiores siglas no país, incluindo o PSDB, perderam juntas quase 400 milhões do fundo eleitoral público. Então, para mim, está justificado a dificuldade dos partidos em apoiar a decisão do TSE”, protestou.

A tucana classificou a recente decisão da Corte eleitoral como um avanço e alertou para a necessidade de união e resistência das brasileiras independentemente de partidos. “ É preciso uma mobilização junto com à bancada feminina, tanto da Câmara como do Senado, e pautar uma audiência. Os partidos vão tentar adiar para 2020 a decisão do TSE e isso não pode acontecer”, disse.

Eleita quatro vezes como deputada estadual, Iraê Lucena afirmou que a conquista dos 30% do chamado Fundo Eleitoral é algo inédito e vai contribuir muito para a evolução das candidaturas de mulheres.

“Essa conquista para nós foi muito importante. Só a reserva de vagas não adiantou de nada. As cotas também não. A mulher nunca teve recurso algum. Agora com essa mudança na distribuição do fundo partidário, como também do tempo no rádio e na TV, as candidaturas das mulheres ficaram mais competitivas”, comemorou.

A paraibana classificou a resistência de alguns partidos para aceitar as novas regras como um “desrespeito às mulheres”. Ela lembrou que as brasileiras nunca receberam recursos e não podem mais aceitar trabalhar com baixo orçamento em suas campanhas.

“Temos que agir com urgência e união. Eu já tive quatro mandatos e nunca recebi recursos do fundo partidário. Nunca. Geralmente chega até o deputado federal e nem para o deputado estadual chega. Não podemos mais nos contentar com pouco, com candidaturas de baixo orçamento. Temos o direito de competir com igualdade”, concluiu