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Yeda Crusius assina manifesto em favor da unidade das forças partidárias de centro

A presidente do PSDB-Mulher, deputada federal Yeda Crusius (RS), está entre as lideranças que assinaram o manifesto intitulado “Por um polo democrático e reformista”, que une representantes do PSDB, DEM, MDB e PTB a favor de uma “urgente unidade política” nas eleições deste ano. Trata-se de uma iniciativa para evitar a fragmentação dos partidos do “centro” na disputa presidencial de outubro, o que tem contribuído para o crescimentos da candidaturas extremistas da direita e esquerda.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o chanceler tucano Aloysio Nunes Ferreira , o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) e o deputado Marcus Pestana (MG), secretário-geral do PSDB, foram os primeiros a assinarem o manifesto. A maioria do grupo entende que o pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin é, hoje, o nome com mais condições de liderar o bloco. O lançamento do manifesto está previsto para esta semana.

“Depois do lançamento, vamos buscar em junho bilateralmente cada um dos candidatos. Esse campo vai dos liberais, como João Amoedo (Novo) e Flávio Rocha (PRB), passa por Paulo Rabelo de Castro (PSC), Rodrigo Maia (DEM), Alckmin e Alvaro Dias (Podemos). E, no limite, vai até a Marina Silva (Rede)”, adiantou o secretário-geral do PSDB.

O documento alerta que a eleição presidencial deste ano desponta como a mais “complexa e indecifrável” desde a redemocratização. O texto alerta ainda para o risco de uma disputa polarizada entre um candidato de esquerda e o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), que lidera as pesquisas de intenção de voto em cenarios sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“À direita, se esboça o surgimento inédito de um movimento com claras inspirações antidemocráticas. À esquerda, uma visão anacrônica alimenta utopias regressivas de um socialismo autoritário”, adverte o texto do manifesto. Em outro trecho, o documento destaca que a união das forças do “polo democrático” é essencial para que o futuro “não seja espelhado em experiências desastrosas como a vivenciada pelo povo venezuelano”.

Os assinantes do manifesto se comprometem ainda com a defesa intransigente da liberdade e da democracia, apoio à luta contra todas as formas de corrupção, à simplificação do sistema tributário, à reforma da Previdência e à busca pelo equilíbrio fiscal, entre outras coisas.