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“O consentimento da mulher é o termômetro entre paquera e assédio”, diz tucana

Uma nova legislação aprovada na última quinta-feira (17) pela Assembleia Nacional da França pode impor multa entre 90 e 750 euros (R$ 400 e R$ 3.350) para os homens que assoviarem ou elogiarem mulher nas ruas. O presidente do país, Emmanuel Macron, justificou a medida como uma forma de evitar que as mulheres sintam medo ao saírem de casa. O debate agora será levado ao Senado francês.

A representante do PSDB-Mulher de Sergipe, Maria Elisabete Mesquita, não concorda com a possível punição e afirmou que, quando se trata de assédio sexual, cada caso deve ser analisado individualmente para que um simples elogio não se torne um crime.

“A linha entre a paquera e o assédio é tênue. É difícil mensurar e generalizar algo deste tipo. O termômetro deve ser sempre a aceitação da mulher, o consentimento dela. Se for desconfortável e se persistir depois de um ‘não’, aí sim, vale falar em punição”, opinou a tucana.

Maria Elisabete salientou que é preciso cuidado com exageros para que a convivência entre homens e mulheres não perca a naturalidade. “É muito bom ouvir um elogio. Nem sempre ele vem com uma conotação sexual e as vezes é apenas um elogio genuíno. No entanto, o respeito deve sempre prevalecer. É possível elogiar de forma educada e respeitosa”, afirmou.

Entretanto, a tucana foi enfática ao dizer que quando o limite do respeito é ultrapassado medidas sérias devem ser tomadas. “O assédio expõe a mulher a uma situação que ela não gostaria de estar, faz ela se sentir mal. É uma forma de violência que deve ser combatida. Respeito sempre”, concluiu.