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Tucana Ceumar Turano alerta sobre falhas nas políticas de proteção à mulher no RJ

A violência contra a mulher no Rio de Janeiro alcançou níveis chocantes, como mostra o 13º Dossiê da Mulher, lançado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP). De acordo com os dados, a cada 24 horas, 11 mulheres são estupradas no estado, sendo que 68% dos crimes ocorreram dentro das próprias residências. A coordenadora de comunicação do PSDB-Mulher do Rio de Janeiro, Ceumar Turano (PSDB-RJ), alertou que é necessário efetivar as políticas públicas de proteção à mulher de forma que sua prática seja eficaz e garanta que a vítima se sinta segura.

“Temos a lei Maria da Penha, toda uma legislação, mas o funcionamento prático não garante a segurança a mulher. Elas ainda têm medo de não serem bem atendidas, não serem levadas a sério, e o caso se agravar ainda mais”, pontuou a tucana, destacando que é necessário preparar os profissionais das delegacias, além de aparelha-los melhor para combater tais situações.

Dos 4.173 registros, 66,7% foram contra crianças ou adolescentes. O número representa um aumento de 3,98% em relação ao mesmo dossiê divulgado no ano passado, e é um alerta para a grande insegurança vivida pelas mulheres até mesmo dentro de casa, com seus próprios conhecidos.

Ceumar Turano destacou que a violência contra a mulher deve ser trabalhada com cuidado desde cedo, a fim de que mudanças estruturais possam ser realizadas. “Devemos abordar isto desde a educação, para que os meninos vejam desde cedo a mulher com respeito. Muitas vezes os exemplos dentro da própria casa são negativos e criamos uma cultura de desrespeito a mulher desde cedo”, ressaltou.

A tucana comentou que é preciso também reconhecer os casos de estupro dentro de casa, entre familiares. “A criança ou adolescente quando é violentado muda seu comportamento, seu responsável tem que reconhecer isso. Existem muitos casos em que a própria mãe se nega a ver o abuso, ela precisa perder o medo de denunciar”, alertou Ceumar.

Em relação aos demais crimes contra a mulher, o dossiê acusou uma pequena diminuição no número feminicídios – de 396 em 2016 para 381 em 2017, sendo que 60% das vítimas eram negras.

Foram 39.641 casos de lesão dolosa, realizada com plena intenção, 356 tentativas de estupro, 1.973 registros de violações de domicílio, 26.263 casos de violência moral (calúnia, injúria e difamação) e 34.348 ameaças a mulheres.

* Com informações da revista Exame.