A vereadora do Rio de Janeiro Tereza Bergher (PSDB-RJ) usou as redes sociais para defender ações mais efetivas de combate e tratamento destinado aos usuários de crack. Segundo ela, ao passar pela Avenida Brasil, uma das mais importantes do Rio, ficou angustiada com o quadro que viu.
“Ao passar pela Avenida Brasil na altura de Bonsucesso, fiquei angustiada com o número crescente de usuários de crack. Há menos de um ano eram aproximadamente 20, no máximo 30. Hoje são mais de 100”, ressaltou a vereadora.
Para a tucana, não basta a Secretaria de Assistência Social promover operações no local, sem colocar em prática um programa de atendimento para os dependentes químicos. “[Assim] eles acabavam voltando”, observou a vereadora.
Tereza Bergher questionou a metodologia de trabalho desenvolvida pela Prefeitura do Rio de Janeiro. “Até o final do governo passado eram 14.279”, disse. “Que novidade é essa que agora são apenas 4.628? A quem pensam que enganam? É visível o aumento”, reagiu.
A tucana afirmou que os usuários de crack estão em toda a capital fluminense: do centro à Zona Sul, passando por todos os bairros. “O slogan ‘Vamos cuidar das pessoas’ que me sensibilizou foi apenas um slogan de campanha. Que decepção!”, lamentou.
Pesquisa, realizada em 2013 pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas, da Universidade Federal de São Paulo, com 4.607 acima de 14 anos em 149 municípios brasileiros mostra um retrato dramático da dependência química no país.
De acordo com o levantamento, está no Sudeste o maior número de usuários (46%), seguido pelo Nordeste (27%), enquanto o Centro-Oeste e o Norte (10%) estão empatados, ficando em última posição o Sul (7%). A grande maioria (45%) teve acesso às experiências com drogas antes dos 18 anos.