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Em reunião com deputados, Alckmin defende reformas e equilíbrio fiscal

O presidente nacional do PSDB e governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), participou de reunião com a bancada tucana na Câmara e destacou as prioridades neste ano legislativo, como reforma tributária e redução do Estado. Ele defendeu uma agenda de reformas aliada à agenda de competitividade.

Alckmin adiantou que o partido vai preparar um grande projeto observando o desenvolvimento regional, levando em consideração os diversos “Brasis” existentes na nação.

Segundo o governador, a questão central do Brasil é fiscal. “Não adianta querer contornar outros problemas. A questão é fiscal, é gastar o que não tem. É inacreditável o nosso déficit primário. Ou aumenta a receita ou corta gastos”, defendeu.

Para Alckmin, não existe solução única, mas um conjunto de ações. Entre elas, ele destacou como fundamental a reforma tributária, com a simplificação do modelo, procurando atrair investimentos.

Segundo o governador, é possível que a reforma ajude a elevar o Produto Interno Bruto (PIB) em até 3% em 10 anos. “Isso ajuda muito, pois diminui a sonegação e poderemos ter um sistema melhor”, defendeu.

Tributária

A reforma tributária relatada pelo deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) tem os objetivos de simplificação, desburocratização e justiça social: “Tendo uma questão fiscal melhor, vamos ter juros baixos de forma permanente, câmbio melhor. O nosso foco deve ser numa recuperação sustentável. Para isso é preciso ter macroeconomia e a questão fiscal é a primeira”, disse o governador.

Segundo Alckmin, o Brasil tem hoje uma máquina pública pesada, burocrática e cartorial, que emperra a atividade econômica. Por isso, defendeu a urgência na redução dos gastos, da burocracia e do peso do Estado.

O tucano defendeu também mudanças no sistema político-eleitoral. Para ele, o modelo atual não é adequado. Uma das mudanças primordiais, avalia, é a adoção do voto distrital misto.

Alckmin lembrou ainda que o partido é favorável a uma reforma previdenciária com foco na justiça social. “Não é algo impossível. Fizemos em São Paulo, em 2011, e já está implementado. Todo setor público só vai aposentar até o teto do INSS. A partir daí é Previdência Complementar (Prevcom). Aliás, outros estados estão aderindo ao nosso modelo de Previcom, como é o caso de Rondônia”.

*Com informações do Portal do PSDB na Câmara.