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Sebastiana Azevedo alerta sobre riscos de notícias falsas nas próximas eleições

Com a proximidade das eleições, em outubro, a ameaça de disseminação de notícias falsas (fake news) na Internet causa preocupações tanto à Justiça como também para quem acredita na seriedade da política nacional. A Coordenadora de Relações Internacionais do PSDB-Mulher, Sebastiana Azevedo (PSDB-RJ), afirmou que o governo precisará de atenção redobrada sobre o assunto pois o Brasil está entre os líderes no ranking de internautas no mundo.

“É necessário uma orientação, um regramento sobre esse tema tão novo. As vezes somos induzidos a acreditar a e a compartilhar algumas matérias que são veiculadas. Eu costumo ter muito cuidado com isso. Não replico matérias que me gerem dúvidas ou sem apurar o conteúdo em outros veículos”, disse Sebastiana Azevedo.

A tucana ressaltou ainda que o combate à desinformação deve ser priorizado pelo governo não apenas durante a campanha eleitoral, mas sempre.

“A falta de informação e o sensacionalismo, infelizmente, ainda imperam na nossa população. Isso é prejudicial para o processo eleitoral como um todo. Será um caos absoluto se não houver um acompanhamento, uma espécie de regramento para veiculação de notícias falsas por má fé”, destacou a tucana.

Reações

Para combater os boatos, Sebastiana Azevedo disse que aposta em campanhas educativas e um trabalho de educação sobre como se portar online. “Até para usar as redes é preciso algum tipo de instrução”, afirmou.

Em seguida, a tucana acrescentou que: “Temos que ensinar a população a investigar, a apurar e a desconfiar de títulos sensacionalistas. Outro dia tive que chamar uma pessoa no reservado e explicar que a notícia que ela compartilhou não procedia”.

Compartilhamento

A discussão em torno do compartilhamento de boatos online ganhou destaque após ser apontado como possível influenciador no resultado das eleições da França e dos Estados Unidos em anos anteriores.

Uma das resoluções publicadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a campanha deste ano  prevê punição para o usuário de redes sociais que publicar ou compartilhar notícias falsas.

Segundo a legislação, são consideradas “Fake News” publicações feitas com o intuito de aparentar veracidade, mas com o objetivo oculto de enganar o leitor, comumente para gerar algum benefício a terceiros.

Punição

Especialistas advertem ainda que a publicação de fatos inverídicos que ofendam a honra de candidatos, o que poderia configurar calúnia, injúria ou difamação eleitoral, pode levar à aplicação de multa contra o autor da postagem e a retirada do conteúdo do ar.

Neste caso, o juiz eleitoral é o responsável por avaliar os critérios que definem a informação como falsa ou verdadeira.

O Tribunal Superior Eleitoral estuda criar um canal para receber denúncias sobre notícias falsas nas eleições desse ano. A Polícia Federal, o TSE e o Ministério Público vão formar um grupo para discutir formas de combate à prática

*Com informações do UOL