O machismo ainda norteia grande parte da população brasileira. Segundo uma pesquisa promovida pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) que ouviu mais de 2 mil pessoas, o comportamento está presente no dia a dia de 99% dos entrevistados. Os dados revelam ainda que 72% já fizeram algum tipo de colocação ofensiva e pelo menos 17% se reconhece preconceituoso.
A presidente do PSDB-Mulher do Ceará, Maria de Jesus Bertoldo, lamentou o alto índice de comportamento machista no Brasil. “Esse número é muito triste, principalmente num cenário em que a mulher busca cada vez mais independência e espaço. A sociedade tem que enxergar que a mulher tem seus valores, o machismo é um absurdo”, opinou.
Maria de Jesus ressaltou que o problema é cultural, mas que tal realidade já passou por muitos avanços. “Apesar de viver em uma região em que o machismo ainda é predominante, eu vejo que estamos nos libertando dele pouco a pouco. Hoje as mulheres não são dependentes do homem, não toleram, isso já é um avanço”, ressaltou a tucana.
O estudo foi feito a a pedido da marca de cerveja Skol na tentativa de propor reflexões a respeito das atitudes e comentários que afastam as pessoas e criam discursos de ódio. Pelos números obtidos no levantamento, o Instituto constatou que o machismo, LGBTFOBI, e os preconceitos estéticos e raciais são os que mais foram identificados.
A manifestação de frases machistas foi observada principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste. O principal preconceito observado foi a LGBTFOBIA, com índice de 29%. Quanto ao preconceito racial, as manifestações são reconhecidas principalmente no Sul, com 49%.