Notícias

Tucana: Empresas devem se educar para combater as desigualdades

A Organização Não Governamental britânica Oxfam diz que vão ser necessários 170 anos para estabelecer a equivalência salarial entre homens e mulheres. Segundo o portal da revista Cláudia, a diferença na remuneração entre os sexos está presente em todos os cargos. Eles ganham 58% a mais em funções operacionais e 46,7% quando ocupam uma posição na coordenação, gerência e diretoria. Mesmo que a mulher possua formação igual ou melhor, ela ainda chega a ganhar 42% a menos.

A presidente do PSDB-Mulher do Rio de Janeiro, Sebastiana Azevedo, avalia como dolorosas as perspectivas para que as mulheres conquistem seus direitos sejam tão ruins. “Essa ONG está ainda mais otimista do que eu. Pelo comportamento da população, dos homens, jovens e até mulheres que estão hoje no poder, deve demorar muito mais”, lamentou.

Sebastiana Azevedo ressaltou que é preciso preparar e conscientizar aos jovens, crianças e famílias para que a luta por direitos iguais ganhe força. Para a tucana, a luta não é apenas partidária, mas sim de toda a população.

“As pessoas têm que entender que a política é uma ciência de todos, está em toda parte, deve ser exercida por todos”, pontuou a tucana.

A presidente do secretariado da mulher do Rio de Janeiro destacou que as empresas precisam ser mais compreensivas com a realidade e as atribuições das mulheres. Para ela, é preciso educar as empresas para que abram espaço e trabalhem para a igualdade, que é um bem geral.

“A mulher é muito sobrecarregada. Se as corporações não abrirem espaço para ela, não derem assistência, a jornada para a mulher ficará muito mais difícil”, disse Sebastiana Azevedo.

Especialistas sugerem que as mulheres adotem algumas posições, assim que assumirem funções ou ingressarem nas empresas, tais como negociar o salário no momento de entrada na empresa, aceitar novas oportunidades, questionar um aumento na remuneração e avaliar novas propostas de emprego.

A diferença de salários em função do gênero não é determinada pelo RH da empresa, mas, sim, pela flexibilidade masculina em ocupar cargos e remunerações variadas. A aplicação das políticas das empresas então acaba por favorecer aos homens.