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Acesso a tratamento ainda é o desafio, dizem mastologistas

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) alerta que o cenário do câncer de mama no Brasil continua crítico e que o principal desafio é enfrentar a dificuldade de acesso das mulheres para conseguir atendimento desde a prevenção até o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Para os especialistas, a população deve se conscientizar cada vez mais e lutar pelos seus direitos. De acordo com o presidente da SBM, Antônio Frasson, o primeiro obstáculo ainda é a falta de informação da população de um modo geral. Segundo ele, em boa parte do país há um notório desconhecimento sobre a importância de se cuidar.

“É preciso que o público feminino tenha consciência da importância do assunto não só em outubro, mas durante o ano todo, além de ter entendimento sobre como funciona a saúde pública”, disse o médico.

Frasson disse ainda que as mulheres encontram sérias dificuldades para agendar consultas com o mastologista, fazer a mamografia, biópsia e realizar os tratamentos, como quimioterapia e radiologia.

“Muitas vezes, o tumor pode demorar de 7 a 10 anos para atingir 1 cm. Depois disso dobra de tamanho a cada seis meses. Por isso o diagnóstico precoce é a linha determinante entre a maior ou menor chance de cura da doença, já que se detectada no início pode chegar a mais de 95%”, afirmou Frasson.

Comportamento

Segundo Frasson, há mulheres que não procuram o acompanhamento médico e outras realizam exames, mas não vão buscar o resultado. O motivo também tem a ver com a falta de conhecimento, medo e informações equivocadas.

“Há muitos mitos sobre o assunto e as mulheres se impressionam, se amedrontam e acabam não se cuidando preventivamente”, afirmou Frasson, acrescentando que o medo do diagnóstico e de que o exame causa dor são algumas das razões que afastam as mulheres.

Neste Outubro Rosa, a Sociedade Brasileira de Mastologia adverte sobre a importância de as mulheres se cuidarem mais e melhor, quebrando as barreiras do medo, além de encorajá-las na luta pelos seus direitos ao acesso. “Diz o dito popular que quem procura acha. Em relação ao câncer de mama isso deve ser visto como algo positivo”, ressaltou Frasson.

*Com informações da Sociedade Brasileira de Mastologia.