Um estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que o sistema de cota obrigatória de 30% de candidatas em cada coligação pode ser falho e até atrapalhar a ascensão feminina. A pesquisa se baseou em dados das eleições para prefeituras em 2000, 2004, 2008 e 2012.
Os números mostram que as cotas não elevaram a proporção de eleitas. Em 2016, elas ficaram com 13,5% das vagas de vereadoras e 9,94% das de deputadas federais.
Cidades que elegeram mulheres sem ensino superior deram menos votos a candidatas a prefeita nas eleições seguintes, em comparação com as que elegeram homens de mesma escolaridade.
Já quando as eleitas tinham nível superior, houve aumento significativo de votos em deputadas federais e vereadoras, comparando-se com cidades governadas por homens mais escolarizados.
Só na Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo (PRE-SP) mais de 230 procedimentos para investigar candidaturas fictícias de mulheres. Em agosto, pela primeira vez, o uso de “laranja” foi punido com cassação dos eleitos em Santa Rosa do Viterbo (SP).
A reportagem completa sobre o tema está no jornal Estado de S. Paulo desta terça-feira (26).