A proximidade entre Brasil e Bolívia possibilitou a interação e a troca de experiência entre mulheres dos dois países. Recentemente, a coordenadora de relações internacionais do PSDB-Mulher de Porto Velho (RO), Alessandra Andrade, fez uma exposição exclusivamente para as mulheres bolivianas sobre a Lei Maria da Penha e o Regimento Interno do PSDB-Mulher Nacional. De acordo com a tucana, o debate foi intenso e gerou muito interesse já que no país vizinho não existe nenhuma lei específica de proteção ao sexo feminino.
Encarregada de mediar as relações entre o secretariado municipal e os países que fazem fronteira com o Brasil, Alessandra convidou uma comitiva da Bolívia para conhecer o governo de Rondônia e interagir com o prefeito da capital Dr. Hildon Chaves (PSDB-RO).
“Como eu morei em muito tempo em Guayaramerin me afeiçoei as pessoas de lá. A Bolívia é um país muito machista e senti a necessidade de compartilhar as nossas conquistas com elas”, afirmou Alessandra Andrade.
Segundo a tucana, a ausência de uma legislação consistente contribui para a situação precária que as bolivianas vivem. “Na Bolívia, quando uma criança nasce leva o nome do pai primeiro e quando o casal se separa a criança fica legalmente com o pai”, disse. “Essa cultura machista está muito enraizada no povo boliviano e, por isso, muitos direitos acabam sendo reprimidos”, lamentou.
Vitória
A prefeita de Guayaramerin, cidade fronteiriça entre Bolívia e Brasil, Hellen Gorayebe Calleja, estava entre as pessoas da caravana e convidou formalmente a tucana para prestigiar a comemoração do 192º Aniversário da Independência da Bolívia, celebrado nos dias 5 e 6 de agosto.
A eleição da prefeita Hellen Calleja foi tida como uma grande vitória para as mulheres de Guayaramerin. Para Alessandra, apesar das dificuldades, o Brasil está à frente de muitos países no que diz respeito à garantia dos direitos básicos para as mulheres.
“Quando eu mostrei nossos instrumentos de proteção à mulher, elas abraçaram a nossa causa e ficaram maravilhadas, ampliamos as nossas fronteiras e trocamos conhecimento, nós damos poder às mulheres do mundo todo. Somos a maioria no planeta. É preciso que a gente se una. Isso faz a gente evoluir”, afirmou.
Questionada sobre o papel do PSDB na luta pela igualdade de gênero, Alessandra Andrade afirmou que o partido é exemplo por ter um segmento totalmente voltado e comprometido com as mulheres.