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“Não ao Distritão”, por Nancy Thame

Publicado na Folha de S. Paulo – 23/08/2017 

O Plenário pode votar a qualquer momento a proposta de reforma política.

Apesar de existir um apelo da sociedade pela mudança do sistema eleitoral brasileiro, certamente o chamado distritão não é o modelo que atende aos anseios da população. A propósito: quantas audiências públicas foram realizadas para discutir o assunto? Assunto este que, diga-se, mesmo dentro dos partidos políticos é motivo de discordâncias. Não há consenso, e se a sociedade quer participar do debate, constata que o que menos existe no modelo é o amplo espaço de discussão.

É difícil concordar com o distritão, com esta proposta de lei que, se aprovada, garantirá cadeira no Parlamento apenas aos candidatos mais votados, abandonando o sistema que leva em consideração, na conta final, os votos do partido como um todo, e não apenas os recebidos por um único indivíduo.

O sistema vigente, de fato, está falido, mas é necessário debater para   encontrar outro modelo, um que melhore o que está tão ruim. E são várias as opções, e não incluem o distritão. Entre especialistas, aliás, parece existir unanimidade quanto à ideia de que o modelo poderia agravar o cenário político do país. Há também muitos artigos e entrevistas rechaçando veementemente a proposta, que ainda dificultaria a renovação do quadro político. O sistema, vale acrescentar, gerou experiências desastrosas pelo mundo — o Japão, por exemplo, adotou e, em seguida, revogou o modelo.

 

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