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“Sentença de Moro é divisor de águas, nada será como antes”, diz Terezinha Nunes

Luiz Inácio Lula da Silva, 71 anos, tornou-se nesta quarta-feira (12) o primeiro ex-presidente condenado dentro da Operação Lava Jato. A condenação do juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal, em Curitiba, impõe ao petista 9 anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Para a deputada estadual e presidente do PSDB Mulher de Pernambuco, Terezinha Nunes, a decisão mostra que a “elite” política brasileira não está acima dos cidadãos no cumprimento da lei.

“A condenação de Lula demonstra que a justiça definitivamente chegou na elite política do Brasil. Não é fácil condenar um ex-presidente que já foi mito neste país. É preciso inclusive ter coragem pessoal como teve o juiz Sérgio Moro. Sua sentença é um divisor de águas. Daqui para a frente nada será como antes”, acredita a tucana.

O presidente do PSDB de Pernambuco, deputado estadual Antônio Moraes, lamentou a condenação de Lula. Para o tucano, o fato se explica pela relação de “promiscuidade” que os governos petistas – de Lula e de sua sucessora, a ex-presidente Dilma Rousseff – estabeleceram com a classe empresarial brasileira.

“É Lamentável para política brasileira a condenação de um ex-presidente da República. Porém os governos Lula e Dilma criaram uma relação de promiscuidade com a classe empresarial e um promoveram um amplo aparelhamento da máquina pública”, frisou.

Ao condenar o ex-presidente Lula, o juiz federal Sérgio Moro atribuiu ao petista ‘táticas de intimidação’. “Como defesa na presente ação penal, tem ele (Lula), orientado por seus advogados, adotado táticas bastante questionáveis, como de intimidação do ora julgador, com a propositura de queixa-crime improcedente, e de intimidação de outros agentes da lei, Procurador da República e Delegado, com a propositura de ações de indenização por crimes contra a honra”, diz trecho da sentença.

Moro diz, ainda, que o ex-presidente Lula, por meio de seus defensores, promove “ação de indenização contra testemunha e que foi julgada improcedente, além de ação de indenização contra jornalistas que revelaram fatos relevantes sobre o presente caso, também julgada improcedente.”

Moro considera que poderia mandar prender o ex-presidente. Mas assegurou a Lula o direito de recorrer em liberdade. “Considerando que a prisão cautelar de um ex-presidente da República não deixa de envolver certos traumas, a prudência recomenda que se aguarde o julgamento pela Corte de Apelação”.

* Do portal do PSDB-PE