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Com queda no preço dos alimentos e transportes, prévia de inflação para junho atinge menor nível

A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), mostra que o custo de vida para o brasileiro continua a cair. Em junho, o indicador ficou em 0,16%, o menor patamar para o mês desde 2006. Com esse resultado, o índice passou de 3,77% para 3,52% nos últimos 12 meses, a menor variação nessa base de comparação em dez anos. Os números foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

Economista e deputada federal, Yeda Crusius (RS) comemora a menor pressão sobre os preços, e nega que o fenômeno ocorra por causa do baixo consumo. Para a deputada, o resultado é consequência da uma política econômica mais sensata e moderada.

“O respeito às regras da economia e uma política econômica bem regrada gera o que há de melhor para a população, que já é muito sofrida. Acreditar que se quer mais inflação porque se quer mais consumo é agir em cima de uma economia que não respeita as próprias regras. A taxa de inflação está baixa por causa de uma política econômica que respeita as leis, e não o contrário”, declarou.
Segundo o IBGE, os grupos transporte e alimentação foram os principais responsáveis pelo recuo. Responsáveis por quase metade das despesas dos brasileiros, alimentação e bebidas sofreram queda de 0,47% nos preços, enquanto os transportes, estimulados pelo recuo nos preços dos combustíveis, caíram 0,1%. Yeda observa que a menor inflação sobre os itens que pesam no orçamento é o sinal de novos tempos para a economia brasileira.

“A taxa de inflação está indicando que a política econômica mudou no geral. Agora é respeitada a regra de que o mercado faz os preços, de que eles não devem ser feitos de maneira artificial. Um dos itens que mostram esse ganho é a questão da diminuição no preço dos combustíveis, por exemplo”, apontou.
Embora os alimentos e transportes tenham desacelerado a inflação, outros itens ainda são vilões do orçamento. Em junho, os gastos com habitação ficaram mais caros, pois a conta de energia elétrica subiu, em média, 2,24%.