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PSDB-Mulher discute estratégias para o aumento da representatividade feminina na política

A Executiva Nacional do PSDB-Mulher se reuniu nesta terça-feira (14), em Brasília, para discutir caminhos que permitam o aumento da representatividade feminina na política. Durante o encontro, houve troca de experiências entre tucanas de diferentes estados brasileiros e o planejamento dos próximos cursos de capacitação de prefeitas e vereadoras tucanas eleitas pelo partido. O curso para prefeitas está previsto para os dias 5 e 6 de maio.

A presidente do PSDB-Mulher, Solange Jurema, destacou que o principal objetivo dos encontros da executiva é incentivar o empoderamento feminino por meio de capacitações para que as gestoras do PSDB se sintam seguras diante do seu mandato. Ela também destacou a importância do apoio depois que elas assumem um cargo de poder.

“Depois de eleitas,nós queremos que as mulheres tragam um olhar de luta e de reivindicação. Não adianta eleger qualquer mulher. Nós queremos mulheres quer tenham compromisso com o empoderamento, com a melhoria das condições de vida das mulheres brasileiras”, afirmou Solange.

A tucana disse que a conscientização das mulheres na mudança da cultura machista enraizada no país se faz urgente. “Mudar paradigmas, mudar a maneira de fazer política e de conduzir essa política e priorizar ações que beneficiem a autonomia das mulheres, é disso que nós precisamos”, disse.

A vice-presidente do PSDB-Mulher, Thelma de Oliveira, considerou o encontro produtivo e ressaltou que a preparação das gestoras é uma marca registrada do PSDB. “Aqui nós traçamos as estratégias, as nossas diretrizes, exatamente para ampliar o número de mulheres na política. Seja no Legislativo ou no Executivo. Isso faz a diferença da gestora que vai ser competente, que vai ser eficiente e que vai colocar a questão de gênero como prioridade”, explicou.

Para a 2ª tesoureira do PSDB-Mulher, Cecília Otto, é preciso que os homens ajudem no fortalecimento político da mulher brasileira. “O homem deve dar credibilidade para que a mulher tenha o seu direito e a sua vontade respeitada e, principalmente, referendar a sua identidade de cidadã. A mulher não precisa da autorização do homem para ser mulher. Ela já nasceu mulher. Ela só precisa ter as ações convictas do que ela deseja para a vida dela como cidadã”, enfatizou.

Reforma política

Durante o encontro, a executiva do PSDB-Mulher também declarou apoio à proposta de listas fechadas nas eleições proporcionais, em discussão na reforma política que tramita no Congresso Nacional, desde que haja a alternância de gêneros entre os escolhidos pelas siglas.

“Durante a nossa reunião foi consensuado que nós [PSDB-Mulher] seremos a favor de listas fechadas desde que essas listas tenham alternância de gênero. Porque se ela for uma lista fechada com alternância, nos interessa e pode ser muito bom para o avanço das mulheres na política. Caso contrário, ela pode ser catastrófica para as mulheres. Nós apoiamos dependendo desta premissa”, esclareceu Solange Jurema.

O presidente Michel Temer vai discutir a reforma política nesta quarta-feira (15) com os presidentes do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, do Senado, Eunicio Oliveira, e da Câmara, Rodrigo Maia. O encontro será o primeiro a tratar do tema.

Entre os assuntos que devem ser debatidos, estão mudanças na cláusula de barreira e a questão do voto em lista fechada (quando o eleitor vota na lista do partido e não mais no candidato). Em 2016, o presidente demonstrou apoio ao projeto dos senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES) sobre a cláusula de barreira. No entanto, a proposta ainda não foi votada na Câmara.

A presidente estadual do PSDB da Paraíba, Iraê Lucena, destacou a importância da reforma política para o aumento do número de mulheres nos poderes e também se posicionou a favor das listas fechadas com alternância entre homens e mulheres.

“Eu acho fundamental o posicionamento que foi colocado hoje aqui sobre a questão das listas fechadas que já está pautada no Congresso. Queremos alternância de gênero do poder. Tem que acontecer essa reforma política o mais rápido possível. Da forma como o sistema está funcionado hoje, não tem mais condição de ficar”, concluiu.