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‘Dilma não é um exemplo a ser seguido’, dizem tucanas após ex-presidente ser homenageada pelo Financial Times

Brasília - A presidenta Dilma Rousseff, durante cerimônia no Palácio do Planalto, recebe apoio de intelectuais e artistas contra o processo de impeachment (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Brasília (DF) – Principal responsável pelas crises econômica, política e social sem precedentes que o Brasil enfrenta hoje, a ex-presidente da República Dilma Rousseff foi escolhida pelo jornal britânico “Financial Times” como uma das mulheres do ano de 2016, ao lado de figuras de destaque internacional como a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May. A homenagem foi criticada pelas deputadas federais tucanas Mara Gabrilli (SP) e Mariana Carvalho (RO), que ressaltaram que a petista não é um bom exemplo a ser seguido.

“A gente está em um momento do Brasil em que a gente precisa de bons exemplos. A Dilma não é um bom exemplo. Ela se fez de rogada quando era presidente do conselho da Petrobras, deixou roubarem. Depois ela virou presidente da República e continuou deixando roubarem. A gestão dela oscilou entre corrupção e incompetência. O Brasil está com 18 milhões de desempregados, uma crise danada da qual não conseguimos sair, e ela vai ganhar um prêmio? Por ter sido leviana com o povo brasileiro?”, questionou Mara Gabrilli.

Para a parlamentar, Dilma vestiu uma capa de “protetora dos pobres”, mas foi quem mais prejudicou as pessoas mais necessitadas, por conta de sua má gestão e conivência com os escândalos de corrupção que vigoraram durante o seu governo.

“Vai dizer o que, que ela não sabia? Ela foi leviana com o Brasil, desrespeitou o povo brasileiro por algo muito maior, na cabeça dela, que era o próprio partido”, avaliou.

A deputada Mariana Carvalho destacou a disparidade entre as críticas que o próprio “Financial Times” fez à Dilma e sua política econômica, definindo a petista como uma “tecnocrata nerd” que não soube controlar a corrupção na Petrobras, e a homenagem concedida a ela agora.

“A gente está aí, infelizmente, sofrendo com toda essa inflação. A gente vê o desemprego cada vez mais aumentando, as pessoas em crise, o país em uma crise econômica, uma crise política, e ela sendo escolhida como uma das pessoas do ano por um jornal ligado justamente ao setor econômico. Não tem como, realmente, a gente digerir. Dilma é uma presidente que quebrou o nosso país. A gente conseguiu fazer, no governo do PSDB, com que o Plano Real estabilizasse a economia e, infelizmente, o governo do qual Dilma fez parte fez tudo ao contrário para o nosso país”, rebateu a tucana.

Legado de fracasso

Segundo reportagem publicada nesta sexta-feira (9) pelo jornal Valor Econômico, Dilma afirmou, em entrevista ao “Financial Times”, que pretende continuar “politicamente ativa”. A petista disse ainda que deixará às mulheres brasileiras o legado de sua trajetória, marcada pela persistência.

Para Mara Gabrilli, o único legado que Dilma deixará a todos os brasileiros é um “legado de fracasso”.

“Não me sinto representada por ela. Ela não é um exemplo a ser seguido. E parece uma afronta ao Brasil o ‘Financial Times’ fazer uma homenagem dessa, a uma pessoa que levou o país à bancarrota, que foi o que aconteceu com o Brasil. Ela podia ter evitado, podia ter feito alguma coisa. Não fez porque não quis. Porque, para ela, todas as vezes em que teve oportunidade de optar entre o PT e o povo brasileiro, ela optou pelo PT”, constatou.

A deputada Mariana Carvalho acrescentou que não se sente representada por uma mulher, então presidente do país, que recebeu um impeachment do Congresso Nacional, respaldado por todo o povo brasileiro nas ruas.

“Não era esse tipo de governo que eu esperava de uma mulher, mas sim o compromisso de que continuasse fazendo com que o país tivesse ainda estabilidade econômica, e não a crise que se agravou, infelizmente, por conta de um governo que não conseguiu ter uma boa gestão, organização e, principalmente, respeito a todos os brasileiros”, completou a tucana.

Leia AQUI a íntegra da reportagem do jornal Valor Econômico.