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Comércio de shoppings registra queda, mas lojas populares de SP aumentam vendas

O movimento na Rua 25 de Março, maior centro de comércio popular de São Paulo

Faltando apenas duas semanas para o Natal, o comércio popular de São Paulo registrou um salto nas vendas. As lojas da famosa rua 25 de Março, de comércio popular, estão mais cheias, queimando e estoque e até contratando funcionários temporários. Apesar da boa notícia, na contramão temos o comércio tradicional de shoppings e as lojas com produtos mais caros amargando a queda das vendas.

O deputado federal Vanderlei Macris (PSDB-SP) aponta a crise econômica como responsável pela situação no país. “O processo de recuperação econômica não vai ser em um estalar de dedos. Vai ser um processo mais moroso. É claro que vamos ter que ter paciência com a economia, e esses movimentos que acontecem são naturais de fim de ano, a  25 de Março mais agitada. É evidente que as pessoas têm menos recursos hoje. Ao invés de procurar no shopping, vão procurar alternativas mais baratas para comprar para o fim do ano.”

De acordo com a Federação do Comércio de São Paulo, o estado paulista deve ter retração de 0,3% nas vendas do varejo neste fim de ano. Para o Natal de 2017, a expectativa é de um aumento de 1% tendo como base a projeção de estabilidade para este ano e os resultados negativos registrados em 2015 e  2014.
Outro motivo para a retração é o endividamento dos brasileiros. Segundo pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade, a Anefac, divulgada no mês de outubro,  81% dos trabalhadores pretendem usar o 13º salário para quitar as dívidas.
Vanderlei Macris defendeu a aprovação da Proposta de Emenda a Constituição 55, a PEC do Teto, que deverá ser votada em segundo turno pelo Senado na próxima terça-feira (13), como medida para salvar a economia do país.
“É evidente que o Senado votar na próxima terça-feira o teto de gastos, isso já vai dar um alento muito grande para a economia. Muitas vezes o mercado se surpreende com a realidade. Eu espero que a gente possa crescer mais que 1% no ano que vem. Se essas medidas forem aprovadas, eu tenho certeza que a gente tem muito para poder recuperar no ano que vem”, afirmou.