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Reunião da Executiva Nacional depois das eleições traça estratégias para 2017

executivaPara Solange Jurema, presidente nacional do PSDB Mulher Nacional, a análise das eleições 2016 foi muito positiva, não só para o PSDB como partido, mas para o segmento feminino, por tudo o que as mulheres conquistaram, tanto em quantidade e qualidade de trabalho realizado, quanto em resultado nas urnas.

Foi esse o tópico abordado na abertura da primeira reunião da Executiva Nacional do PSDB Mulher após o segundo turno das eleições de 2016, que analisou, além disso, a conjuntura nacional, a programação para 2017, a premiação da Medalha Ruth Cardoso, prevista para maio. A Campanha 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra As Mulheres, que se inicia no dia 25 de novembro, também constou da pauta.

“Fizemos uma análise muito positiva, não só das eleições do PSDB, mas também do desempenho das nossas mulheres, elegemos muitas das que compareceram aos nossos cursos de capacitação. Estamos com mais uma deputada federal, especialmente alguém que tem compromisso com as causas da mulher, como a deputada Yeda Crusius, que volta à Câmara dos Deputados em janeiro de 2017. Em Pernambuco teremos a deputada estadual Terezinha Nunes e no Rio Grande do Sul, Zilá Breitenbach”, comemorou Solange Jurema, para quem as mulheres foram as grandes vitoriosas do pleito, tanto em quantidade de trabalho realizado quanto em resultado nas urnas.

“Ganhamos também na população governada por tucanas, que será de 2.644.983 a partir de janeiro de 2017, em relação aos pouco mais de 1.9 milhão de 2012. E governaremos mais cidades de médio porte”, sintetizou a presidente do segmento.

Placa

yeda-placa-capaNa avaliação da ex-governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, o efeito enriquecedor dos cursos de capacitação para candidatas, ministrados pelo segmento em Parceria com a Fundação Konrad Adenauer são inegáveis, uma vez que das 78 prefeitas eleitas, 57 participaram dos treinamentos.

Yeda, que é presidente de honra do PSDB Mulher Nacional e inicia seu quarto mandato na Câmara dos Deputados em janeiro de 2017, onde irá fortalecer a bancada de tucanas, ao lado das deputadas Bruna Furlan (SP), Geovânia de Sá (SC), Mara Gabrilli (SP), Mariana Carvalho (RO) e Shéridan (RR). Na reunião a ex-governadora recebeu a homenagem carinhosa das demais integrantes da Executiva Nacional e uma placa, para colocar em seu gabinete.

Campanha franciscana

Thelma de Oliveira, prefeita eleita de Chapada dos Guimarães (MT), descreveu a enorme dificuldade da eleição, “uma campanha com pouco dinheiro, muito ir para a rua todos os dias, sem rádio e televisão. Tivemos três debates em praça pública, um formato bem diferente, com regras diferentes das eleições antigas. Sem o apoio do PSDB Mulher Nacional, não teria sido possível chegar à vitória, faço questão de agradecer”.

“Das quatro que foram à Alemanha, para o curso da Konrad, todas se elegeram, isso sem dúvida é um diferencial”, constatou a nova prefeita de Chapada.

A sugestão de Thelma, em relação às prefeitas eleitas, é de orientá-las a procurar os ministérios e a fazer cursos de capacitação que as ajudem a se orientar quanto às contas municipais, já na transição.

whatsapp-image-2016-11-08-at-09-55-51Algumas experiências

“Fazer política no Rio Grande do Norte não é fácil, o que sofremos em Natal, recuperamos no interior”, comemorou Kátia Maciel, presidente do PSDB Mulher do Rio Grande do Norte, que conseguiu eleger 23 vereadoras e uma prefeita em um estado tradicionalmente difícil para o segmento.

“Fazer política de gênero no Rio Grande do Sul também foi sofrido”, constatou Angela Sarquiz, presidente do segmento no estado, que, no entanto, foi uma das vitoriosas da eleição, porque conseguiu eleger as prefeitas de Pelotas, Paula Schild Mascarenhas, e Novo Hamburgo, Fatima Cristina Daudt, duas cidades de médio porte. Além de Maçambará, onde foi eleita Adriane Schramm.

“A partir de agora quem quiser se candidatar terá que ir às ruas, para o corpo a corpo, mudou o modo de fazer política”, disse a gaúcha, que teve o desempenho elogiado por Yeda Crusius.

“O resultado que pretendíamos foi alcançado, apesar do altíssimo índice de abstenção em meu estado, há uma busca evidente do eleitor pelo PSDB e de sua fama de bom gestor. Isso em um momento em que existe uma perda de emprego, de migração da escola particular para a pública, de êxodo dos planos de saúde particulares para o SUS, de crise”, constatou Nancy Thame, presidente do PSDB Mulher de São Paulo.

Diagnóstico

Para Fátima Jordão, especialista em pesquisas políticas, a onda mencionada por Yeda Crusius existe e veio de baixo, pegando de surpresa os vencedores, inclusive. “Foram eleitos os candidatos cuja continuidade era desejada – os que deram certo – onde houve bom gestor, houve reeleição”.

Depois que a questão da corrupção se aprofundou, o bom desempenho e a transparência ganharam um peso muito grande. Para a população não basta mais não ser corrupto, alertou Fátima, para quem o descolamento entre políticos e eleitores nunca foi tão alarmante.

whatsapp-image-2016-11-08-at-14-29-56Frases

“Antes não se cogitava trabalhar na recuperação do agressor de mulheres, hoje essa percepção mudou”: Iraê Lucena, presidente do PSDB Mulher da Paraíba.

“Citando Fernando Henrique em seu mais recente artigo, que o PSDB não se esqueça do seu Ethos de bom gestor econômico, ao contrário, mas se caracterize por boas práticas nas políticas sociais”: Solange Jurema.

“Hoje onde quer que eu ande, no interior do Rio de Janeiro, em qualquer bar ou posto de gasolina, tem uma referência à Lei Maria da Penha pendurada na parede”: Tiana Azevedo, presidente do PSDB Mulher do Rio de Janeiro.

“Em meu trabalho de ressocialização de homens ouvi de um agressor: em minha casa não podia chorar, mas podia bater”: Dra. Cristina Lopes Afonso, presidente do PSDB Mulher de Goiânia.

Para a Executiva, a prevenção da violência contra a mulher e a ênfase no cuidado das crianças na fase de zero a seis anos, serão prioridade absoluta em 2017.