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Êxodo de venezuelanos para o Brasil expõe crise humanitária de governo aliado do PT

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante declaração à imprensa, no Palácio do Planalto

Dilma Rousseff recebe presidente da VenezuelaO regime político do presidente Nicolas Maduro – que impõe condições duras e críticas aos venezuelanos – tem forçado a população a buscar abrigo no Brasil. Com isso, estados como Roraima estão buscando meios para lidar com o fluxo de refugiados. O governo roraimense quer criar um “gabinete de emergência” para venezuelanos que atravessam a fronteira ao norte do Brasil em busca de melhores condições de vida. Estima-se que mais de 30 mil deles entraram no território brasileiro em tais condições.

O deputado federal Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), membro da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, lamenta pelo sofrimento imposto aos venezuelanos pelo projeto de poder autoritário perpetuado por Maduro. Para o tucano, apesar dos laços de amizade que o governo do PT manteve com o mandatário venezuelano por anos, o Brasil hoje precisa assumir uma postura mais dura em relação ao país vizinho.

“O povo da Venezuela sofre muito com as tendências ditatoriais do presidente Maduro, que precisa ser repelido politicamente e diplomaticamente. E essa é a obrigação do Brasil. Porque no governo anterior, da presidente Dilma Rousseff, ela procurava prestigiar o presidente Maduro, que é um homem desorientado, com tendências ditatoriais muito claras.”

Com dificuldades financeiras, o estado de Roraima espera contar com o auxílio do governo federal para a formação desse gabinete especial. Para Bonifácio de Andrada, é fundamental que a gestão de Michel Temer colabore com os governos estaduais nessa crise humanitária.

“Uma série de problemas graves e desumanos estão se desenvolvendo por meio do atual governo da Venezuela, com reflexo nas nações vizinhas. Então me parece razoável que o governo brasileiro procure enviar comissões, criar gabinetes ou setores para fazer face aos problemas que a Venezuela  está trazendo ao Brasil.”

Além de se fixarem em cidades de Roraima, como na capital Boa Vista e em Pacaraima, muitos venezuelanos têm partido regularmente para Manaus, no estado do Amazonas.