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Moro revoga prisão de Mantega, mas destaca que fatos seguem “em apuração”

Guido Mantega Foto Elza Fiuza ABrBrasília (DF) – Pouco mais de cinco horas após ser preso nesta quinta-feira (22) pela Polícia Federal (PF) na nova fase da Operação Lava Jato, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi solto por ordem do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato. O despacho foi assinado no começo da tarde, por decisão de ofício, sem consultar o Ministério Público Federal (MPF) e a PF. Moro ressaltou, no entanto, que os fatos que levaram à prisão temporária do ex-ministro seguem em apuração. As informações são do jornal O Globo.

Nesta quinta, a Procuradoria da República no Paraná informou que o empresário Eike Batista, ex-presidente do Conselho de Administração da OSX, declarou, em depoimento ao MPF, que em novembro de 2012 o então ministro e presidente do Conselho de Administração da Petrobras pediu a ele para que fizesse um pagamento de R$ 5 milhões, no interesse do PT.

Sob orientação do partido, ele teria firmado um contrato fraudulento com uma empresa de publicidade para realizar as transferências, feitas no exterior, num total de US$ 2,35 milhões.

No ato da prisão, executado no início da manhã desta quinta-feira (22), Mantega não estava em sua residência, que foi alvo de busca e apreensão nesta manhã, mas no hospital onde sua mulher passa por tratamento médico. De acordo com a PF, ele se entregou na portaria do local.

A nova fase da Lava Jato cumpre mandados em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia e Distrito Federal. As equipes policiais estão cumprindo 49 ordens judiciais, sendo 33 mandados de busca e apreensão, oito mandados de prisão temporária e oito mandados de condução coercitiva.

O ex-ministro já é investigado pela Operação Zelotes, na qual é suspeito de ter indicado um conselheiro para um órgão da Receita Federal que, por sua vez, beneficiou empresa da qual teria recebido propina. Em maio, ele foi alvo de condução coercitiva.

Além de Mantega, são alvos da operação executivos das empresas Mendes Júnior e OSX, do empresário Eike Batista. Eles são investigados por supostos desvios na construção das plataformas P-67 e P-70, da Petrobras, construídas para a exploração do pré-sal, em 2012.

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