Opinião

“O PT está sendo cada vez menos ouvido pelos mais pobres”, avalia Terezinha sobre desempenho do partido nas pesquisas

terezinha-fotojoaobitUma das cidades do país considerada o mais forte redutor eleitoral do PT, a cidade de São Paulo reage contra o Partido dos Trabalhadores nas eleições municipais deste ano, de acordo com pesquisas divulgadas até o momento.

Candidato à reeleição na capital paulistana, o prefeito Fernando Haddad aparece com apenas 9% das intenções de voto entre os moradores da maior capital do país na última consulta Datafolha.

A situação do petista, de acordo com as pesquisas, é ainda pior no eleitorado que há muitas eleições se revelou fiel ao PT: os mais pobres.

Nessa faixa do eleitorado, que possui renda mensal de até dois salários mínimos, o partido da ex-presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, Haddad conta com a preferência de apenas 6% dos paulistanos. O resultado é 87% menor do que o registrado pela sigla em 2008, segundo informa o colunista do UOL, Fernando Rodrigues.

A perda de terreno do PT em São Paulo não se restringe à capital. Reportagem publicada no jornal Valor Econômico desta segunda-feira (19/09), revela que o avanço do desemprego nas cidades do chamado ‘cordão industrial’ de São Paulo, aliado ao desgaste do governo da ex-presidente Dilma, afetou duramente as candidaturas petistas na região.

Para a presidente do PSDB Mulher Pernambuco, Terezinha Nunes, é previsível a reação ao PT dos eleitores paulistanos, colégio eleitoral “onde as pessoas tomam conhecimento mais rápido do que acontece no país”.

“Isso de certa forma também está se dando nas capitais nordestinas onde o desemprego anulou o efeito do Bolsa Família. Em São Paulo, como em todo o país, o PT está virando um partido da esquerda raivosa de classe média e, como tal, cada vez sendo menos ouvida pelos pobres”, avaliou a tucana.

*Terezinha Nunes é membro da Executiva do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB