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Em 15 anos, número de moradores de rua cresceu 82% na cidade de São Paulo

Pobreza Foto GeorgeGianniA crise econômica e o abandono de políticas sociais têm empurrado cada vez mais famílias para a pobreza extrema. Segundo levantamento feito em 2015 pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, a Fipe, pelo menos 15.905 pessoas vivem hoje nas ruas da cidade de São Paulo, a mais populosa do país. O número é quase o dobro comparado ao ano 2000, quando havia 8.706 moradores de rua na capital paulista. O deputado federal Vitor Lippi (PSDB-SP) ressalta que a assistência às famílias em vulnerabilidade econômica e situação de rua durante o governo do PT foi frágil e ineficaz. Com a crise, o deputado aponta que o quadro tende a piorar.

“Infelizmente, as políticas sociais do PT foram ineficientes. Em alguns quesitos, houve até uma piora significativa das condições sociais, entre elas, a questão dos moradores de rua. Não houve um planejamento, uma ação eficiente, integrada em diversos setores, o que fez com que tivéssemos pessoas vivendo em total miserabilidade nas grandes cidades do país”, disse o parlamentar.

De acordo com a Fipe, pouco mais da metade dos quase 16 mil desabrigados conseguem vagas em centros de assistência municipais. Somente 8.750 moradores de rua oficiais são acolhidos. Para Lippi, os números são o retrato de um país que ainda possui profundas diferenças sociais que devem ser combatidas pelo novo governo.

“Essa mais uma grave e triste herança do Partido dos Trabalhadores no Brasil. Espero que o novo governo possa estar atento a todas essas questões que tem agravado as diferenças sociais no país”, acrescentou.

Além da quantidade insuficiente de abrigos, moradores de rua e outras instituições de acolhimento apontam que são necessárias mudanças na dinâmica desses espaços, com evoluções no atendimento e nas estruturas, muitas bastante arcaicas.