Brasília (DF) – O atual ciclo de recessão, iniciado no segundo trimestre de 2014, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, já é o segundo pior da história. Isso porque se encaixa em dois quesitos que medem a severidade de uma crise: sua duração em trimestres e o tamanho da queda acumulada da produção econômica. A recessão atual já dura nove trimestres, com uma queda acumulada de atividade de 7,9%. A mais profunda crise enfrentada pelo país, entre 1989 e 1992, durou 11 trimestres, com retração de 8,5% da produção.
As informações são de reportagem desta quinta-feira (1) do jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a publicação, a recessão que o Brasil enfrenta hoje tem uma peculiaridade frente às outras: é a primeira vez que os dados trimestrais registram a queda do Produto Interno Bruto (PIB) por seis trimestres consecutivos. Até então, o pior resultado eram quatro trimestres consecutivos.
Outras medidas importantes para se medir o nível de recessão de um país são as oscilações no emprego e na renda. Com o conjunto de dados divulgados até agora, com mais de 11 milhões de brasileiros desempregados, a recessão conduzida pela gestão petista caminha para se tornar a pior da história. Serão necessários anos para que a economia possa se recuperar.
A melhora dependerá também da aprovação de reformas para reequilibrar as contas públicas. “Toda a questão do crescimento está condicionada à aprovação de medidas como o teto proposto pelo governo para limitar a expansão dos gastos públicos”, destacou Leonardo Fonseca, economista do Credit Suisse, à Folha.
“O governo não pode estimular a economia aumentando gastos porque foi uma crise fiscal que nos colocou nessa situação. Ainda não pode cortar juros porque a inflação permanece alta”, justificou Paulo Picchetti, membro do Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace) da FGV.
Também se somam ao esgotamento da política econômica o alto endividamento de empresas e famílias e os problemas da economia global.
Leia AQUI a íntegra da reportagem do jornal Folha de S. Paulo.