#MaisMulherNaPoliticaNotíciasPolítica

Brasil perde para o Afeganistão quando o assunto é representatividade feminina na política

Parlamento Afegão - Brasil perde para o Afeganistão quando o assunto é representatividade feminina na política

Parlamento Afegão - Brasil perde para o Afeganistão quando o assunto é representatividade feminina na política

por Redação Hypeness

Você também achava que ser mulher no Afeganistão não era nada fácil? Se é verdade a gente não sabe, mas uma coisa é certa: a mulherada está melhor representada na política por lá do que aqui no Brasil. É isso mesmo, o Afeganistão tem mais mulheres na Câmara e no Senado, proporcionalmente, do que nosso país tropical.

Entre 193 países, o Afeganistão ocupa o 50º lugar no ranking de representatividade feminina na política divulgado pela União Interparlamentar Internacional (UIP) em junho. A classificação levou em conta o número de mulheres atuantes na Câmara e no Senado (ou em órgãos similares, de acordo com o sistema político de cada país).

Se perguntando qual a posição do Brasil neste ranking? Então aí vai a bomba: estamos na vergonhosa 153ª posição… Aqui, as minas ocupam apenas 12% dos cargos no congresso – no Afeganistão, esse número chega a 27,1%. E olha que por lá as mulheres não podem andar na rua sem a companhia de um homem em alguns locais ocupados pelo Estado Islâmico e só começaram a votar (e consequentemente ser votadas) há 12 anos.

Entre 1996 e 2001, o país viveu sob o regime Talibã e a mulherada não podia frequentar a escola e ainda precisava andar coberta da cabeça aos pés. A diferença é que as afegãs souberam como conquistar seu direito na política constitucionalmente: hoje, 27% dos assentos na Câmara e 16% no Senado (conhecido como Meshrano Jirga por lá) são destinados a elas. Apesar da representatividade no congresso, uma moça solteira ainda não pode tirar passaporte ou documento de identidade e nem viajar sozinha no país.

Ah, e se você estava curioso para saber quais são os países que se saíram bem no ranking, nem pense que foram apenas os países mais desenvolvidos. O campeão dos campeões é Ruanda, em que a mulherada ocupa cerca de 64% dos lugares da Câmara. Na sequência estão Bolívia, Cuba, Seicheles, Suécia e o Senegal. O sétimo lugar pertence ao México – o que aparentemente já assusta bastante aos políticos brasileiros.

*Publicado originalmente no site Hypeness