Opinião

Mãe atleta

brasil-volei-femininoSarah Brown se preparou como todo atleta de ponta para tentar a vaga na Olimpíada do Rio. Muito suor, milhares de horas de academia e quilômetros e quilômetros de corrida. Mas quanto mais treinava, quanto mais corria, mais sua barriga crescia. E foi assim, mês após mês. E ela não parou.

A corredora norte-americana sabia o que iria enfrentar. Cerca de um ano atrás, havia recebido a notícia: estava grávida. Parecia decretado o fim do sonho de ir aos Jogos. Ela decidiu que não. Na noite passada, Sarah disputaria as eliminatórias dos 1.500 m da seletiva de atletismo dos EUA. Quatro meses depois de ter dado à luz Abigail Ann.

O dilema da corredora norte-americana não é diferente do de milhões de mulheres que se tornam mães e precisam continuar a trabalhar. Têm sonhos e ambições na carreira e na vida pessoal, mas também precisam abrir mão deles para gerar e/ou criar uma criança.

A diferença, no caso das atletas, é que o corpo é o instrumento de trabalho delas, levado ao limite em treinos diários e desgastantes e em competições estressantes.

O bebê vai correr algum risco? Essa foi a pergunta que Sarah e seu marido e treinador, Darren, fizeram o tempo todo. Enquanto a resposta foi não, seguiram. Vou voltar a correr como antes e estar apta para realizar o sonho olímpico depois de tantas transformações no corpo? Essa questão nunca saiu da cabeça de Sarah. A resposta ela busca agora.

Leia aqui a íntegra da matéria publicada pela Folha de S. Paulo