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Advogado admite ter pago despesas do ex-ministro petista Paulo Bernardo

paulobernardoO advogado Guilherme Gonçalves, detido na Operação Custo Brasil, uma das ramificações da Lava Jato, admitiu que fez pagamentos de despesas ligadas ao ex-ministro Paulo Bernardo, marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Gonçalves trabalhou para o casal durante as campanhas da senadora e foi um dos alvos das investigações da Polícia Federal, que apura desvios do Ministério do Planejamento. As investigações apontam o advogado como um operador do ex-ministro no esquema de propina da Consist,empresa terceirizada responsável pelo crédito consignado do funcionalismo público federal no ministério.

Segundo matéria publicada nesta terça-feira (28) pelo jornal Folha de S. Paulo, as investigações contemplam o período em que Bernardo era o chefe da pasta, em 2010. O ex-ministro foi preso na última quinta-feira (23) e está sendo investigado por suspeitas de ter recebido repasses da empresa Consist em contratos firmados com o Ministério do Planejamento.

A prisão de Gonçalves foi atribuída a indícios de que ele recebeu parte dos R$ 100 milhões de propina oriundos de contratos entre a Consist e a pasta. De acordo com as investigações, o escritório do advogado recebeu R$ 7 milhões do esquema entre 2010 e 2015. Bernardo pode ter recebido parte deste valor.

Uma das despesas de Paulo Bernardo que o advogado preso diz ter pago foi um aluguel de R$ 32 mil em 2010 de um imóvel usado pela campanha de Gleisi Hoffmann ao Senado, na qual atuou como advogado.

Gonçalves garantiu em depoimento que prestou serviços à Consist. Ele foi preso no aeroporto de Guarulhos (SP) ao chegar de uma viagem a Portugal.

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