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Efeito Dilma: Inadimplência na faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida sobe para 29% em maio

Foto Lula Marques/Agência PT

LM_Dilma-Rousseff-coletiva-imprensa-apos-votacao-impeachment-camara-deputados_00804182016Brasília (DF) – A queda na renda do trabalhador brasileiro e o cenário de recessão econômica criado pelo governo da presidente afastada Dilma Rousseff levaram ao aumento do número de inadimplentes da faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida. Nesse grupo, os imóveis são destinados a famílias com renda bruta de até R$ 1.800, e o governo custeia o limite máximo de 90% do valor da moradia. Segundo o Ministério das Cidades e a Caixa Econômica Federal, em maio, 28,8% dos mutuários estavam em atraso há mais de 90 dias.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo deste domingo (19), o crescimento do calote se dá em função da perda de postos de trabalho. No trimestre móvel até abril, o desemprego era 11,2% – no mês, os inadimplentes eram 27%. No mesmo período de 2014, com desemprego de 7,1%, os maiores atrasos eram 17,5%. “Os números refletem que, quanto mais baixa a renda, maior é a sensibilidade em relação ao índice de emprego”, diz Rodrigo Luna, do Secovi-SP, entidade do setor imobiliário.

Lançado há pouco mais de sete anos como uma das maiores vitrines do programa petista para a área habitacional, o Minha Casa, Minha Vida tem sofrido cortes nos investimentos desde 2013, quando Dilma ainda ocupava a Presidência da República. Em relatório divulgado no mês passado, o Ministério das Cidades, comandado atualmente pelo ministro Bruno Araújo (PSDB-PE), constatou que mais de 51 mil obras estavam paralisadas por determinação do governo do PT.

Os maiores cortes aconteceram, especialmente, nos recursos destinados ao Fundo de Arrendamento Residencial, subsídio concedido aos mutuários mais carentes dentro do “Minha Casa, Minha Vida”. Em 2013, a quantidade de unidades contratadas na faixa 1 do programa era de 399 mil. Em 2014, as unidades somaram 132 mil e, no ano seguinte, apenas 1.188 foram contratadas.

No mês passado, o ministro garantiu que o programa seria mantido e que todos os cortes foram realizados pelo governo afastado.

A reportagem cita ainda que,segundo a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), caso o congelamento das faixas um e um e meio do MCMV – que têm maior subsídio do Tesouro – se concretize, a venda de materiais de construção para as obras cairia para 4%.

O programa já representou 8% do total de materiais de construção usados no país. “A redução teria impacto na indústria e nas construtoras, principalmente as de pequeno e médio portes”, explica o presidente da entidade, Walter Cover.

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