Opinião

“Mãe é mãe. Ponto Final”, por Solange Jurema

Foto: George Gianni/PSDB
Foto: George Gianni/PSDB

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O título deste artigo sintetiza a grandeza de ser mãe. É quase a essência da vida das mulheres, obrigadas a se desdobrar em duas, três quatro jornadas de trabalho. E dispor de pouco tempo para o seu próprio deleite.

Ainda bem que as mudanças comportamentais no século passado trouxeram as mulheres para o universo do trabalho e da igualdade de direitos de usos e costumes masculinos, apesar de toda a discriminação e preconceito que ainda sofrem na maioria dos países, principalmente no Brasil.

No entanto, como também se sabe, a maioria do Estado desses países – notadamente o Brasil – não dão condições mínimas para que as mulheres mães possam desenvolver, com tranquilidade, todo o seu potencial profissional, divididas entre as tarefas cotidianas da casa e as dos trabalho.

Posso citar apenas o caso das creches, um dos principais fatores do impedimento do desenvolvimento pleno da mulher no trabalho. O Brasil possui poucas creches públicas e milhares de crianças entre 0 e 3 anos estão fora delas, cerca de 85% do total delas.

Outro dado é a discriminação salarial no Brasil entre homens e mulheres. As mulheres ganham, em média 27% a menos do que os homens para as mesmas funções e atividades ocupam apenas 37% dos cargos de gerencia.

Por tudo isso, não é a toa que o Brasil ocupa a 85ª posição no ranking mundial de desigualdade de gêneros.

No entanto, essa dura realidade da mulher brasileira não as impede de movimentar o país.

Todas nós sabemos cotidianamente a dificuldade de educar os filhos, de conviver com companheiros que não entendem esse novo mundo e de enfrentar o aumento dos preços alimentícios diariamente.

A todas as mulheres mães o nosso apoio, a nossa solidariedade.

Viva as mães brasileiras!

*Solange Jurema é presidente do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB