O aprofundamento da crise política e a recessão econômica imposta pelo governo da presidente Dilma Rousseff pode deixar os combustíveis vendidos no Brasil sem o menor controle de qualidade. Com a máquina pública inchada diante de inúmeros ministérios e cargos comissionados, a saída escolhida pela petista foi cortar investimentos nos principais programas do país. A Agência Nacional do Petróleo (ANP), por exemplo, sofreu um corte de 51% em seu orçamento para este ano e não sabe como vai manter o programa de monitoramento dos combustíveis – que já funciona de maneira parcial desde março do ano passado, sem equipes de coleta em 20 estados.
De acordo com matéria do jornal O Estado de S.Paulo desta sexta-feira (15), foram abertas em dezembro três licitações para contratação de novos laboratórios com previsão orçamentária de R$ 46 milhões, mas a agência não tem garantia se terá dinheiro em caixa para assinar os contratos após o término das licitações, já em fase final.
Segundo o Estadão, os convênios e contratos com universidades e laboratórios responsáveis pelas análises venceram, situação que reduziu à metade o número de postos monitorados. A previsão da ANP era renovar as parcerias até novembro de 2015, mas até o momento a agência só conseguiu iniciar os três processos de licitação – um referente às regiões Norte e Centro-Oeste (mesmo assim com os laboratórios desclassificados) e os outros dois voltados para atender as regiões Sul/Sudeste e Nordeste, que aguardam propostas técnicas e comerciais.