Opinião

“Se nós não formos, ela fica”, análise ITV

São Paulo - Manifestantes favoráveis ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff concentram-se na Avenida Paulista, região central da capital (Rovena Rosa/Agência Brasil)

989804-sp__abr6275Os brasileiros preparam-se para escrever neste fim de semana um capítulo para ficar na história da nação. A maior mobilização popular já realizada no Brasil tem como objetivo demonstrar o repúdio da população ao oceano de lama que tomou conta do país nos últimos anos e lançar um grito indignado em favor da restauração da ética e da responsabilidade na vida pública.

Milhões de brasileiros devem ocupar as ruas no domingo em movimento convocado por entidades civis, grupos sociais e partidos políticos de oposição ao governo. É a união de esforços para tirar o Brasil das graves crises que nos assolam: a crise política, a crise ética, a crise econômica e a crise social patrocinadas pelo governo que aí está e pelo grupo político que comanda o país há mais de 13 anos.

São muitos os motivos para protestar e para se indignar. Uma primeira razão que irmana os que encherão ruas, praças e avenidas do Brasil no domingo é o apoio ao trabalho que nossas instituições – em especial o Ministério Público, a Polícia Federal e os órgãos de Justiça – vêm realizando para tentar extirpar da vida nacional o cancro da corrupção, que se tornou norma na administração federal nos últimos anos.

As ruas também irão dar seu “basta” a um modo de fazer política que transformou em regra o loteamento do Estado, o assalto aos cofres públicos, o achincalhe ao interesse público e o predomínio de interesses partidários sobre os coletivos. Manifestarão sua repulsa ao que representa, em suma, o modelo petista de governar.

Os que iremos para as ruas neste domingo são movidos pelo compromisso estrito com os preceitos da Constituição, pela defesa da ordem e pelo respeito à paz. Não buscam confrontos, mas sim a reconstrução de uma nação que seja, de novo, de todos e não de apenas alguns, como se tornou o Brasil sob o manto enganoso do populismo.

Para o bem da nação, o desfecho previsível das manifestações deverá ser o encerramento antecipado do governo de Dilma Rousseff, que, definitivamente, não exibe mais quaisquer condições de prosseguir. Seja pelo impeachment, pela impugnação da chapa pela Justiça Eleitoral ou por uma improvável, embora muito desejável, renúncia da presidente da República. Fato é que o governo que aí ainda está acabou, simplesmente.

As manifestações deste domingo expressarão também o clamor dos brasileiros para que o país supere o enorme atraso a que foi levado pelos governos petistas, a partir de Lula, em termos econômicos, éticos e políticos. Sob a capa de paladino da moralidade, o PT promoveu retrocessos de décadas, pondo em risco conquistas e avanços arduamente conquistados pela sociedade brasileira.

O país que irá às ruas neste domingo, em defesa das instituições, rezando pela Constituição e em absoluta paz, estará mais coeso do que nunca em busca de um objetivo comum: a favor do Brasil e contra o PT.