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Em nota, advogados da União repudiam indicação política de José Eduardo Cardozo à AGU

Brasília- DF 11-12-2015 Foto Lula Marques/Agência PT Presidenta, Dilma, entrega prêmio para o presidente o STF Ministro Ricardo Lewandowski , durante Cerimônia de entrega do Prêmio Direitos Humanos 2015 - 21ª Edição Palácio do Planalto

http---fotospublicas.com-wp-content-uploads-2015-12-dilma-11-12-2015-4Brasília (DF) – Mais polêmicas circundam a saída do ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo e sua indicação ao cargo de Advogado-Geral da União. Nesta terça-feira (01/03), os advogados da União e o Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) divulgaram uma nota conjunta com entidades que representam a categoria repudiando a indicação de Cardozo à AGU.

O texto defende que o nome deveria ter sido escolhido entre as opções sugeridas por uma lista tríplice, formulada internamente entre 15 e 25 de fevereiro e enviada à Presidência da República e à Casa Civil, e não de forma política. A nota também define a escolha feita presidente Dilma Rousseff como um “retrocesso inaceitável”, que desvaloriza a AGU e atenta contra o conceito da instituição.

Para o deputado federal Miguel Haddad (PSDB-SP), a decisão da petista reflete “mais uma das trapalhadas do governo federal”, que de forma precipitada e sem qualquer tipo de planejamento, toma medidas para “tentar salvar o seu governo, salvar o seu mandato”.

“O que nós estamos assistindo todos os dias são novas denúncias contra o governo, contra a presidente Dilma, contra o ex-presidente Lula, e também uma série de ações por parte do governo desencontradas. O governo bate cabeça, vai tomando as medidas de acordo com as pressões que sofre, de acordo com as denúncias que vêm através das delações, das investigações que vão surgindo. Eles não têm uma proposta, e essa é mais uma ação desencontrada. Tanto a substituição do ministro, que tem por objetivo, na verdade, calar a Polícia Federal, como também a indicação do ex-ministro José Eduardo Cardozo para a AGU”, destacou.

Lista Tríplice

Na nota, os advogados da União dizem que é com “grande pesar e surpresa que os milhares de membros da advocacia pública federal recebem a notícia que a Presidente da República escolheu o Advogado-Geral da União mediante um processo político que ignorou completamente a Lista Tríplice apresentada, incorrendo ainda no equívoco de nomear alguém de fora das carreiras que compõem a Advocacia-Geral da União”.

O deputado Miguel Haddad ressaltou que, se a Lista Tríplice é o procedimento padrão a ser seguido na indicação de um novo nome para o cargo de Advogado-Geral da União, a gestão de Dilma Rousseff errou ao, mais uma vez, utilizar as instituições do país como cabide de empregos, ao invés de priorizar a meritocracia.