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“Medo e vergonha”, por Thelma de Oliveira

Foto: George Gianni/PSDB
Foto: George Gianni/PSDB

Foto: George Gianni/PSDB

Pela terceira vez, desde que Brasília se tornou capital, a Esplanada dos Ministérios assistiu a um desfile militar para comemorar o 7 de Setembro cercada de segurança, muros e tapumes para afastar a população da presidente da República.
Nem nos duros tempos dos 21 anos do regime militar – que Dilma Rousseff não se cansa de citar – os generais-presidenciais quiseram tanta distância da população quanto a atual mandatária.

De inédito, no desfile deste ano, apenas a altura do muro de aço – imediatamente apelidado de Muro da Vergonha – em seus impávidos 2 metros, insuficientes para esconder os 12 do Pixuleko e de sua companheira que “homenageia” a presidente Dilma, ainda sem nome. E a derrubada do mesmo pela força do povo, farto de ser barrado no baile que sempre financia.

Um rígido controle de segurança vistoriou quem apareceu para celebrar a festa da independência do país e, em vez disso, assistiu a um espetáculo vergonhoso pela atitude presidencial de se isolar, de não interagir com a população de quem, nos dias de hoje, parece ter um medo imensurável.

Não só isso. Também de forma inédita na história recente do Brasil, deixou de marcar presença nas emissoras de rádio e televisão para saudar a data, juntamente com todos.

Com medo de um panelaço, a presidente Dilma Rousseff preferiu colocar uma gravação nas redes sociais, falando para seus simpatizantes, esquecendo que horas antes, durante o desfile, manifestantes haviam feito do Muro da Vergonha a maior panela do mundo.

A razão?

Simples: o medo de que em todas as capitais e cidades brasileiras ela ouvisse, novamente, o som dos panelaços que já se tornaram uma tradição da população, graças aos persistentes erros e mentiras dos governos petistas.

Tanta precaução, medo e vergonha presidenciais não impediram que em vários recantos do país, inclusive em Brasília, se ouvissem vozes de protesto repúdio ao governo.

A postura de medo e vergonha, entretanto, não impedirá que a população continue rejeitando a administração Dilma Rousseff, hoje em torno de inacreditáveis 6% de aprovação!

Esse quadro de aprovação cada vez menor, quase beirando o 0% de aprovação popular, é uma vergonha e amedronta, pela descrença do povo e dos principais agentes econômicos nacionais e investidores estrangeiros no futuro do Brasil.

É difícil supor – como bem previu o vice-presidente da República, Michel Temer – que essa rejeição se reverta, ainda mais quando se percebe que a maior autoridade da Nação tem vergonha e medo do povo.

Não há como fugir das vaias e da insatisfação popular, presidente Dilma, evitar as cadeias de rádio e televisão não dará certo. Talvez seja melhor seguir outro exemplo dos militares e, como Figueiredo, pegar o chapéu e pedir ao povo que a esqueça.

É o fim do caminho!

*Thelma de Oliveira é vice-presidente do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB